O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Pablo Jacob/Governo SP |
Tarcísio fala em sentença 'injusta' com pena 'desproporcional' após condenação de Bolsonaro

Tarcísio fala em sentença 'injusta' com pena 'desproporcional' após condenação de Bolsonaro

Governador de São Paulo disse que resultado do julgamento 'já era conhecido'


Por Bianca Gomes

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quinta-feira, 11, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais condenados na trama golpista estão sendo vítimas de uma "sentença injusta" com "penas desproporcionais".

Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão. Ele foi considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os outros sete réus também foram condenados (veja todas as penas).

"Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas", escreveu Tarcísio em publicação nas redes sociais. "O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais", completou o governador, cotado para substituir Bolsonaro nas urnas na eleição do ano que vem.




O governador, que passou a atuar pessoalmente na articulação pela aprovação da anistia no Congresso para beneficiar o ex-presidente, escreveu que "a história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá".

A agenda oficial do governador registrou apenas compromissos internos no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira, quando a Primeira Turma do STF formou maioria pela condenação de Bolsonaro e demais réus. Segundo um aliado que esteve com ele, o governador estava "indignado" com a decisão.

Nos últimos dias, Tarcísio foi aconselhado por auxiliares a submergir e evitar declarações públicas ou entrevistas, especialmente depois de ter chamado o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, de "tirano" durante ato bolsonarista no 7 de Setembro.

Estadão
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