Primeiro o DJ Alok, agora a cantora Anitta, que integrará o conselho de administração do Nubank
Primeiro foi o Traders Club (TC), plataforma de negócios voltada para jovens que, em vias de fazer o seu IPO, contratou como garoto-propaganda o DJ Alok, hoje considerado um dos cinco maiores do mundo e o mais ouvido no Spotify. Agora é a vez do Nubank anunciar parceria com a cantora Anitta, que será bem mais do que uma representante de propaganda do banco: ela foi convidada e aceitou integrar o conselho de administração da fintech, conforme comunicado enviado hoje à imprensa.
A partir de agora, Anitta participará das reuniões trimestrais do conselho junto a outros seis conselheiros e a diretoria do banco, discutindo questões estratégicas, novos investimentos, IPO, presença internacional e muito mais. "Ela terá um papel importante em ajudar a empresa a aprimorar ainda mais seus serviços e produtos", informou o banco.
Dona de uma fortuna que a revista Forbes estima em US$ 100 milhões (R$ 503 milhões ao câmbio de hoje), a cantora carioca terá direito, como membro do conselho, ao recebimento das "restricted stock units" (RSU) como parte de sua remuneração. O que irá reforçar bastante o seu caixa, uma vez que o Nubank está em vias de promover o seu IPO em uma bolsa norte-americana (possivelmente a Nasdaq), o que poderá capitalizar ainda mais o seu atual valuation, de US$ 30 bilhões, após o recente aporte de US$ 1,15 bilhão feito por investidores nacionais e internacionais, como Warren Buffett.
Muito mais do que uma parceria de uma jovem bem-sucedida e de um banco que voa alto, o Nubank espera com essa tacada potencializar suas vendas e serviços para futuros prospects e os atuais 40 milhões de clientes, que já a tornaram a maior fintech do mundo (este ano, também apresentou o seu primeiro lucro, de R$ 6,8 milhões, no primeiro trimestre de 2021, segundo o Banco Central). Afinal, Anitta possui 54 milhões de seguidores no Instagram, muito mais do que qualquer outro artista ou personalidade no Brasil. Isso, sem dúvida, traz um poder de fogo para o banco em termos de marketing, embora não represente um resultado prático para o cliente ou prospect em termos de rentabilidade como, por exemplo, aplicar em fundos oferecidos pelo Nubank.
Muito mais importante, nesse sentido, será o IPO da fintech, que hoje concorre de igual para igual com bancos de forte poder digital, como XP e BTG Pactual. E já ameaça, com seu poderoso portfólio, até os grandes bancos brasileiros como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e CEF. Ainda assim, é possível esperar que, no dia de bater o martelo no púlpito da bolsa, a cantora esteja junto participando do 'show dos poderosos'.
