Presidente da Enel Max Xavier Lins | Imagem: Reprodução Youtube Alesp
Energia acaba durante CPI da Enel para ouvir o presidente da concessionária em SP

Energia acaba durante CPI da Enel para ouvir o presidente da concessionária em SP

Como se fosse "piada pronta", a energia caiu durante a sessão da CPI da Enel que ouviu o presidente da concessionária em São Paulo, Max Xavier Lins, na manhã desta terça-feira, dia 14, na Assembleia Legislativa de SP. Lins prestou depoimento à CPI da Alesp para dar explicações sobre o apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem luz a partir do forte temporal que assolou a capital paulista na sexta-feira, dia 3 de novembro.

Pouco antes do início da sessão, a energia no plenário José Bonifácio da Assembleia no bairro do Ibirapuera caiu, mas foi restabelecida em seguida. Dez minutos depois, houve nova queda de energia, retomada também em poucos segundos.

O presidente da CPI, deputado Thiago Auricchio (PL) disse que a empresa "foi vítima" de si mesma. A apresentação que o presidente da Enel tinha preparado para levar à CPI não pôde ser mostrada de imediato, em razão da falta de energia. Em meio a piadas que se ouviam entre os próprios parlamentares, Auricchio contou ainda que uma TV da Alesp tinha queimado durante o apagão e que poderia pedir uma indenização à Enel.

Sanadas as falhas, Max Xavier Lins afirmou que as instabilidades não foram de responsabilidade da Enel. "Nós comprovamos isso tecnicamente. Mantivemos contato com a área de manutenção da Alesp e confirmamos que foram oscilações provocadas por chaveamentos internos", disse. A empresa também negou, em nota, a relação da oscilação com sua rede de distribuição.

O presidente da Enel também pediu desculpas por 2,1 milhões de clientes terem ficado sem luz no início do mês, afirmando que energia é um "insumo essencial". Muitas casas e comércios ficaram sem luz por mais de uma semana, ultrapassando em muito o prazo inicial dado pelo executivo de que tudo se resolveria até terça-feira, quatro dias portanto após o forte temporal acompanhado de ventania que sacudiu a capital paulista e mais 23 municípios do Estado.

Um dia antes de comparecer à Alesp, em uma evidente estratégia de defesa mas também de péssima repercussão diante de milhares de pessoas que foram afetadas pelos cortes de energia, Max Xavier Lins conseguiu, através dos advogados da ENEL, uma liminar para permanecer em silêncio e não responder a todas as perguntas postas pelos deputados.