Sérgio Massa e Javier Milei | Imagem: Divulgação
Projeção para o segundo turno na Argentina aponta Sérgio Massa à frente de Javier Milei

Projeção para o segundo turno na Argentina aponta Sérgio Massa à frente de Javier Milei

Três dias após o surpreendente resultado das eleições na Argentina, que apontaram um maior número de votos para o candidato situacionista, o ministro da Economia Sérgio Massa, uma pesquisa da Proyección Consultores foi divulgada nesta quarta-feira, dia 25, em Buenos Aires. Primeiro levantamento feito após turno de domingo, os números apontam Sérgio Massa na dianteira, com 44,6% das intenções de voto, contra 34,2% de Javier Milei, restando 8,3% de eleitores indecisos.

O levantamento foi divulgado um dia depois de lideranças políticas argentinas anunciarem sua rejeição a uma possível aliança a Javier Milei. Segundo o jornal Página 12, o líder radical Federico Storani (UCR) negou qualquer possível associação com o grupo de extrema direita La Libertad Avanza (LLA). As palavras do ex-ministro e ex-deputado marcam um distanciamento de expoentes do partido radical da aliança Juntos por el Cambio (JxC), evidenciando um racha na chapa que abrigou a candidatura de Patrícia e das forças do centro rumo ao segundo turno.




© Joédson Alves/Agência Brasil

O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, disse ao Clarin que considera as duas opções ruins, e que Milei é um novo populista, "um salto ao vazio", enfatizou. Gerardo Morales, outra liderança da UCR, afirmou ao jornal que "parece grave o apoio de Mauricio (Macri) e Patrícia. Me dá vergonha. Está fora da coalização, numa falta de respeito para com o radicalismo".

Já a ex-deputada Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, disse que "Macri jogou para a vitória de Milei e a destruição da coalizão JxC. A pobre Patricia vai cometer um erro histórico". Já Patrícia Bullrich, terceira colocada nas eleições do último domingo, procurou explicar sua escolha: "Com Milei temos diferenças. Não as escondemos. Mas nos encontramos diante da escolha de mudar a continuidade mafiosa na Argentina", criticou. Segundo o jornal La Nacion, essa fissura vista no Juntos por el Cambio também se estendeu ao PRO, partido fundado pelo ex-presidente Maurício Macri.