Vários partidos de oposição se mobilizam hoje em mais de 300 cidades para protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade organizaram atos em todos os estados, no Distrito Federal e em 18 países. As maiores manifestações são esperadas em São Paulo e Rio de Janeiro, e contarão com o apoio do movimento Direitos Já e de centrais sindicais como CUT, Força Sindical, UGT e CTB, entre outras.
Ao contrário de manifestações anteriores, como a do dia 12 de setembro do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem Pra Rua, que focavam apenas na defesa da democracia, o movimento de hoje ampliou o leque de reivindicações que abrange o impeachment do presidente e o combate à pandemia, à pobreza, ao aumento da inflação e ao desemprego, que hoje alcança cerca de 14 milhões de brasileiros.
Na capital de São Paulo, o protesto está marcado para as 13 horas, em frente ao Masp, na avenida Paulista. A programação será variada, prevendo um ato ecumênico, apresentação de indígenas e presença de artistas, além de um carro de trio elétrico. O encerramento será feito com o hino nacional.
O sociólogo Fernando Guimarães, organizador do evento, entende que os protestos deste sábado são um marco político: "Esse é um ato que vira a chave, passa a dar uma amplitude necessária para uma construção de impeachment. Nem todos os partidos estão pedindo impeachment, mas esse é um processo de acumulação de forças", disse ao site UOL. Guimarães diz que estão convidados "todos que quiseram somar, deixando de lado divergências do passado e a questão eleitoral para convergir pela democracia. Toda a população que vá às ruas, deve ir com espírito de acolher mesmo os líderes de um campo político diferente do seu", explica o coordenador.