A Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos Estados Unidos (SEC) vai postergar o lançamento da oferta pública de ações (IPO) da Robinhood, informou esta semana o site MoneyTimes. É que a comissão equivalente a CVM brasileira quer saber mais sobre os atuais negócios com criptomoedas da corretora, que também negocia com ações e fundos negociados em bolsa (ETFs), entre outros ativos.
A Robinhood lançou em 2018 sua própria unidade cripto e, desde então, já garantiu cerca de 10 milhões de clientes nessa modalidade. Fora isso, fornece também suporte para a negociação de outras criptos como Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e Dogecoin (DOGE).
O plano da corretora era de lançar sua oferta pública no mês de julho, aproveitando-se de um valuation em torno de US$ 8,6 bilhões, que poderia aumentar bastante com um IPO realizado na Nasdaq ou Nyse. Fundada há oito anos na Califórnia e hoje com mais de 15 milhões de clientes, a Robinhood cresceu muito ao atrair millenials para sua plataforma durante a pandemia que trancou esses jovens em casa.
Cansados dos games e das séries de streaming, eles formaram um contingente de ávidos e ousados investidores que a corretora usou para promover rallies de compra usando sua plataforma e de terceiros, como a Reddit, para inflar alguns papéis. Os casos mais conhecidos foram os que envolveram ações da Gamestop Corp, AMC Entertainment e até de empresas mais tradicionais como Hertz e J.C. Penney.