FRAUDE - Vorcaro: império financeiro construído sobre créditos fictícios (Ana Paula Paiva/Valor/Ag. O Globo/.) |
A derrocada de um banqueiro: os bastidores da prisão de Vorcaro e do escândalo do Banco Master

A derrocada de um banqueiro: os bastidores da prisão de Vorcaro e do escândalo do Banco Master

Caso expõe o mecanismo de fraudes que provocou um rombo de 41 bilhões de reais e colocou em xeque a rede de poder que o cercava


Por Márcio Juliboni

Seria uma viagem rotineira. Depois de decolar na noite de segunda-feira 17 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o banqueiro Daniel Vorcaro pretendia aproveitar as dez horas até Malta, no Mar Mediterrâneo, para descansar a bordo de um de seus três jatos particulares, o Falcon 7X, de 200 milhões de reais. O descanso parecia merecido: horas antes, ele havia anunciado a venda do Banco Master para um consórcio formado pelo grupo financeiro Fictor e por investidores árabes. O valor da transação não foi revelado, mas os novos controladores prometiam injetar 3 bilhões de reais na instituição para evitar sua bancarrota. Mas seus planos não passaram da sala de embarque. Ao cruzar o raio X do terminal, Vorcaro foi cercado por quinze agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Ricardo Leite, do Distrito Federal. Assim começava a Operação Compliance Zero, deflagrada para apurar uma das maiores fraudes financeiras da história do país, ancorada em uma carteira de 12 bilhões de reais em créditos podres ou fictícios. No dia seguinte, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master. "Qualquer operação que zele pela solidez e pela credibilidade do sistema financeiro é bem-vinda", elogia Arminio Fraga, ex-­presidente do Banco Central.

PORTAS FECHADAS - Sede em São Paulo: 1,6 milhão de clientes foram lesados
PORTAS FECHADAS - Sede em São Paulo: 1,6 milhão de clientes foram lesados (Renato S. Cerqueira/Ato Press/Ag. O Globo/.)

A prisão encerra a trajetória de um dos personagens mais controversos do mercado financeiro brasileiro. As investigações do Ministério Público e do Banco Central indicam que a máquina de fraudes foi testada em pequena escala por Vorcaro e outros diretores do banco antes de atingir seu apogeu. Já em 2018, pouco depois de assumir o controle do Master, uma operação chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Uma pequena clínica médica fundada no mesmo ano na cidade de Contagem (MG) emitiu 361 milhões de reais em títulos de dívida. Todos os papéis foram comprados por um fundo de investimento, cujo único cotista era o Banco Master. Como o porte da clínica era incompatível com o volume de emissões, o Ministério Público viu indícios de que era apenas uma empresa de fachada.

Emprestar dinheiro a empresas em troca de papéis como notas promissórias, debêntures e letras de crédito é uma atividade corriqueira dos bancos, que traz duas vantagens. A primeira é que as instituições podem lucrar com a revenda dos títulos. Além disso, caso opte por manter os papéis em sua carteira e ganhar com os juros pagos pelas companhias que os emitiram, o banco aumentará também seu patrimônio - afinal, os recebíveis farão parte de seus ativos. Com mais musculatura, os próprios bancos podem se endividar mais por meio da emissão de Certificados de Depósito Bancário (CDBs), uma vez que as regras do setor determinam que o nível de endividamento seja proporcional ao patrimônio. No caso do Master, a enxurrada de CDBs com promessas de retorno muito acima da média do mercado era sustentada por operações fictícias, cuja finalidade era anabolizar o balanço e criar condições artificiais para a captação de mais dinheiro com a venda de CDBs tanto a pessoas físicas quanto a empresas e a fundos de pensão.


O esquema foi determinante para a expansão meteórica do Master. De 2019 a 2024, o banco praticamente dobrou de tamanho ano após ano. Nesse intervalo, o patrimônio líquido saltou de 200 milhões de reais para 4,7 bilhões, enquanto a carteira de crédito avançou de 1,4 bilhão para 40 bilhões de reais. "Foi tão rápido que chamou a atenção de todo mundo", diz Vitor Miziara, consultor financeiro especializado em arbitrar conflitos entre bancos e clientes. Outro ponto que despertava suspeitas era o destino do dinheiro captado por meio de CDBs. Instituições tradicionais costumam aplicar esses recursos em operações de risco moderado, como crédito imobiliário ou empréstimos pessoais. Vorcaro, porém, escolheu outro caminho.

Boa parte do dinheiro acabava em fundos geridos pelo próprio Master e compostos de papéis de empresas problemáticas, como a Oi, cuja falência foi decretada neste mês, e a Ambipar, que pediu recuperação judicial em outubro. "Isso cria um enorme risco de liquidez para o banco", diz Miziara. Em outras palavras: poderia faltar dinheiro para honrar as generosas taxas de retorno ofertadas pelos CDBs do Master, bem como os resgates dos papéis pelos clientes. A crescente desconfiança de que a estratégia era um castelo de cartas prestes a desmoronar fez com que o mercado exigisse taxas cada vez mais altas para comprar os CDBs do Master, causando um efeito bola de neve.

ALIADO - Ciro Nogueira: tentativa de elevar o limite do FGC
ALIADO - Ciro Nogueira: tentativa de elevar o limite do FGC (./Reprodução)

A paulistana Avenida Faria Lima, coração financeiro do Brasil, não era a única ressabiada com o caso. No início de 2025, o Master acumulava 50 bilhões de reais em emissões de CDBs e outros papéis de dívida, atraindo a atenção do Banco Central. "Esses números já eram conhecidos pelo mercado há tempos", diz Luiz Cezar Fernandes, o lendário fundador dos bancos Garantia e Pactual. No ano passado, o Master concedia uma média de 200 milhões a 300 milhões de reais por mês em crédito a clientes. Seu estoque total de recebíveis era de 2 bilhões. A conta simplesmente não fechava: mesmo se vendesse toda sua carteira de crédito, não conseguiria quitar os resgates de seus títulos.

NEGOCIADOR - Michel Temer: escalado para ajudar na venda do Master ao BRB
NEGOCIADOR - Michel Temer: escalado para ajudar na venda do Master ao BRB (Aloisio Mauricio/Fotoarena/.)

Para piorar, o BC encontrou indícios de que parte relevante dos CDBs estava lastreada em contratos fictícios de crédito. É nesse ponto que o Banco de Brasília (BRB) rouba a cena. A carteira de crédito inexistente foi revendida pelo Master ao BRB por 12 bilhões de reais em sucessivas transferências de janeiro a maio deste ano. Inicialmente, Vorcaro afirmou que havia comprado a carteira de duas associações de servidores públicos da Bahia, a Asteba e a Asseba, mas, em seguida, os contratos passaram a ser atribuídos a pessoas físicas que residiam em outros estados. Sob a pressão do BC, uma terceira versão foi apresentada: a de que os papéis foram comprados pelo Master de uma outra fonte, a Tirreno Promotoria de Crédito. Não colou. Primeiro, porque a Tirreno foi criada em novembro do ano passado, a partir de uma empresa já existente, a SX 016 Empreendimentos. Seu antigo dono, Daniel Moreira Bezerra, registrou diversos CNPJs no mesmo endereço comercial da SX 016 e com razões sociais semelhantes. Para o Ministério Público, trata-se de um claro sinal de que o verdadeiro negócio da SX 016 era criar empresas de fachada.

APOIO - Ricardo Lewandowski: o ex-ministro do Supremo atuou pelo Master
APOIO - Ricardo Lewandowski: o ex-ministro do Supremo atuou pelo Master (Cristiano Mariz/Ag. O Globo/.)

Ainda assim, a Tirreno não tinha porte para gerar a carteira de 12 bilhões de reais que Vorcaro alegava ter adquirido dela de graça - sim, o Master declarou às autoridades que a cessão dos créditos foi gratuita devido às dúvidas sobre a qualidade dos papéis. Entre as informações repassadas pelo BC ao Ministério Público, consta que a empresa não tinha nenhum parceiro comercial além do próprio Master. Mesmo assim, a investigação constatou que ela não movimentou nem 1 centavo sequer por meios comuns de pagamento, como boletos, Pix ou transferência bancária. Para justificar como, sem captar um único cliente, repassou uma montanha bilionária de créditos a Vorcaro, a Tirreno informou que mantinha uma parceria com um terceiro personagem: a Cartos, uma sociedade de crédito direto. Tais sociedades são a nova moda entre as fintechs, pois permitem maior flexibilidade na concessão de crédito e podem captar dinheiro via emissão de CDBs e outros títulos de dívida. "Mesmo regulamentadas, elas são o braço perfeito para instituições que querem burlar a lei", diz um gestor que acompanha de perto o fenômeno e pediu anonimato. Em nota a VEJA, a Cartos afirma que "não mantém qualquer operação com o Banco Master".

CONFIANÇA - Ibaneis Rocha: o BRB comprou carteiras sem uma boa auditoria
CONFIANÇA - Ibaneis Rocha: o BRB comprou carteiras sem uma boa auditoria (Gabriela Biló/Folhapress/.)

O problema é que faltou combinar a explicação com todos os envolvidos. Ao determinar a prisão de Vorcaro, o juiz Ricardo Leite informa que o próprio BRB indicou que "todos os créditos intermediados pela Tirreno foram celebrados por correspondentes bancários da Cartos". Para os investigadores, com o estoque de desculpas zerado, restou aos envolvidos arquitetar outra manobra: a compra do Master pelo Banco de Brasília por 2 bilhões de reais. Anunciada no fim de março, a transação surpreendeu mais uma vez os financistas. Diante das críticas do mercado e da resistência do BC em aprová-­la, Vorcaro recorreu a seu trunfo mais poderoso: as conexões políticas.

O banqueiro é conhecido, com certa dose de exagero, como o braço financeiro do Centrão, dada sua proximidade com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-­AP), com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-­AL), com o mandachuva do PSD, Gilberto Kassab, e com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda. Nogueira é padrinho de uma emenda que ampliava para 1 milhão de reais o valor do ressarcimento pago pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para portadores de títulos de bancos com dificuldades para honrar seus compromissos, proposta que cairia como uma luva para o Master, mas que acabou engavetada depois da má repercussão. Apadrinhado por Nogueira, o presidente afastado do BRB, Paulo Henrique Costa, já havia ocupado uma vice-presidência da Caixa, feudo do PP.


O ex-sócio de Vorcaro no Master, Augusto Lima, casado com a ex-ministra Flávia Peres e preso pela Polícia Federal, fazia dobradinha com Vorcaro na construção de pontes com a classe política, em especial com próceres do PT, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner. Baianos como Lima, ambos haviam presenciado a ascensão do sócio do Master quando ele comprou, ainda em 2018, o programa de crédito consignado Credcesta, um negócio que prosperou em pouco tempo e hoje atua em quase todo o país. Pessoas que acompanham o caso afirmam que, logo no início da gestão de Gabriel Galípolo, Costa marcou uma reunião com o novo presidente do BC, que, no Palácio do Planalto, deparou "por acaso" com Daniel Vorcaro na sala de Rui Costa. Procurado, Costa disse, por meio de sua assessoria, que nunca se reuniu com Vorcaro desde que tomou posse no governo.

Muito antes da Compliance Zero, quando o Master ainda tentava encontrar uma saída para seus problemas, uma importante autoridade telefonou para o presidente do Banco Central para sondá-lo sobre as investigações que miravam a compra de parte da carteira do Master pelo BRB. Diante dos indicativos de que o BC rejeitaria a operação, parlamentares liderados pelo deputado Doutor Luizinho, líder do PP na Câmara, se articularam e, em retaliação, colocaram de pé um projeto que reduzia a autonomia do Banco Central e previa a possibilidade de destituição de diretores da instituição que contrariassem "os interesses nacionais". O alvo principal da chantagem era Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro, contrário à venda do Master ao BRB e responsável pelo parecer que orientaria a decisão dos demais dirigentes do BC. Expostos, os deputados que apadrinharam as articulações no Congresso retiraram o time de campo. "Ninguém mais está tratando disso", afirmou a VEJA o deputado Cláudio Cajado (PP-­BA), um dos mentores da proposta.

PREJUÍZO - Cedae: a concessionária do Rio de Janeiro investiu cerca de 200 milhões de reais em CDBs
PREJUÍZO - Cedae: a concessionária do Rio de Janeiro investiu cerca de 200 milhões de reais em CDBs (CEDAE/.)

Vorcaro também tinha tentáculos no hermético mundo jurídico dos tribunais superiores. Ele pagou a grandes nomes para defender seus interesses comerciais. O atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, atuou como consultor do Master depois de deixar o STF. Vorcaro também contratou o escritório de advocacia Barci de Moraes, no qual atuam a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, e dois dos filhos do casal. Quando a operação com o BRB começou a fazer água, foi a vez de chamar o ex-­presidente Michel Temer, que encabeçou o corpo de advogados acionados para tentar destravar o impasse e manter contato direto com o chefe do Executivo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, cujo governo é acionista majoritário do Banco de Brasília. Vorcaro ainda participou de jantares com grupos de políticos e foi um dos patrocinadores, no ano passado, de um encontro que reuniu em Londres três ministros do STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado na quinta-feira 20 como futuro ministro do Supremo.

CONTAGIOSO - Oncoclínicas: perdas milionárias com as fraudes
CONTAGIOSO - Oncoclínicas: perdas milionárias com as fraudes (./Divulgação)

Essa vasta teia de relacionamentos, porém, não foi capaz de dobrar o BC, que vetou a venda do Master para o BRB em setembro último - uma decisão acertada e elogiada por gente graúda do mercado. A tropa de choque mobilizada no Congresso para pressionar Galípolo e sua equipe, no entanto, confirmou o que já circulava nas rodas da Faria Lima desde a ascensão meteórica de Vorcaro. "O cara cresce rápido e compra uma mansão em Brasília só para fazer festas e eventos", diz Walter Maciel, executivo-chefe da AZ Quest, gestora que administra 40 bilhões de reais. "Isso já indica que o negócio não segue um modelo muito tradicional."

O progresso por vias pouco convencionais marcou a trajetória de Vorcaro. Mineiro, estreou no mundo dos negócios ao assumir o comando do Grupo Multipar, responsável pelos empreendimentos imobiliários que enriqueceram sua família. Dez anos antes de assumir o controle do Master em 2018, ele apresentava um programa de música gospel em uma emissora da igreja neopentecostal da Lagoinha, em Belo Horizonte. Sua irmã caçula, Natalia Vorcaro Zettel, é pastora ali. O banqueiro gostava de cultivar uma aura de outsider e se apresentava como um "forasteiro" na Faria Lima - querendo se dizer alguém que ascendeu desafiando o status quo. Para os tubarões do mercado, porém, tratava-se apenas de autopromoção barata. "Ele nunca foi respeitado no ramo", diz um gestor que pediu anonimato. "Gente séria não fazia negócios com o Vorcaro."

arte Master

Era de esperar que a derrocada de alguém tão rejeitado fosse comemorada pelos rivais, mas a quebra do Master só piorou o mau humor. O motivo é que a oferta de CDBs que prometiam lucros muito acima da média atraiu uma multidão de pessoas físicas. O resultado é que, agora, 1,6 milhão de clientes poderão pleitear uma indenização de até 250 000 reais, a ser paga pelo FGC - uma entidade mantida com recursos de bancos privados e públicos. Na prática, as perdas sofridas pelos clientes do Master serão cobertas pelos concorrentes e a conta será alta. Não foi por falta de aviso. O FGC enviou dezenas de alertas formais ao BC solicitando esclarecimentos sobre o Banco Master, em vão. Agora, estima-se que o fundo desembolsará a quantia recorde de 41 bilhões de reais para indenizar os prejudicados. A soma representa cerca de 30% dos 120 bilhões depositados no fundo.

O caso esquentou o debate sobre o endurecimento das regras para a liberação dos recursos. "É preciso reduzir o limite de cobertura", aconselha um ex-presidente do BC. Outra opção é obrigar as instituições que causarem problemas a arcar com parte das indenizações. "Um exemplo são as seguradoras, que exigem uma franquia para liberar o dinheiro", afirma Daniel Lima, presidente do FGC. "Isso pode disciplinar o sistema financeiro." Enquanto as instituições debatem possíveis mudanças, a avaliação é que o atual teto de 250 000 reais por CPF será suficiente para cobrir integralmente as perdas da maioria dos afetados no caso do Master.

GOLPE - Edemar: desvio de milhões de reais quebrou o Banco Santos
GOLPE - Edemar: desvio de milhões de reais quebrou o Banco Santos (Ana Paula Paiva/Valor/Folhapress/.)

A situação é diferente, porém, para os grandes investidores. Seja porque foram atraídas pelas promessas de grandes ganhos, seja por pressão dos poderosos aliados de Vorcaro, várias empresas embarcaram na farra dos CDBs anabolizados. Entre as mais atingidas estão a rede de tratamento de câncer Oncoclínicas, que investiu 433 milhões de reais nos títulos do Master, e a concessionária fluminense de saneamento Cedae, com 200 milhões. Dezoito fundos de pensão de servidores públicos também passam apuros. O caso mais grave é o da Rioprevidência, responsável pela aposentadoria dos servidores do estado do Rio de Janeiro e que aplicou 970 milhões de reais em títulos do banco. Investigações realizadas em paralelo à Compliance Zero são as que mais provocam estresse no mundo político, pois prometem avançar na forma como esses negócios foram realizados, o que pode revelar casos de corrupção.

Embora impressione pela magnitude e pelo empenho dos envolvidos em ocultar os rastros da venda de 12 bilhões de reais em créditos fictícios ao BRB, o escândalo do Master é apenas mais um de uma longa lista. Em 2005, por exemplo, o Banco Santos foi a pique com dívidas de 3 bilhões de reais, após a descoberta de que seu fundador, Edemar Cid Ferreira, usou empresas de fachada para desviar pelo menos 283 milhões de reais. Assim como Vorcaro, Edemar gostava de ostentar um padrão de vida luxuoso e de cultivar amigos poderosos. Vinte anos depois, mudam os personagens, mas a história se repete. Espera-se que pela última vez.

Com reportagem de Juliana Elias e Pedro Gil

Publicado em VEJA de 21 de novembro de 2025, edição nº 2971
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