Gabriel Araújo já havia avisado em coletivas de imprensa que queria fazer "a prata de Tóquio virar ouro". Sua fala, em tom de profecia, se confirmou na tarde desta quinta-feira, dia 29, primeiro dia de competições oficiais na Paralimpíadas de Paris, quando ele faturou o primeiro ouro do Brasil no nado 100 metros costas da categoria S2 (nadadores com deficiência física severa).
Há três anos, nos Jogos de Tóquio 2021, Gabrielzinho, como é chamado, havia ficado em segundo na mesma prova e categoria. Desta vez, derrotou o russo Vladimir Danilenko (prata), e o chileno Alberto Abarza (bronze), atleta sul-americano que levou o ouro em Tóquio.
No pódio, o nadador mineiro comemorou do seu jeito irreverente, com direito a dancinha e muitos sorrisos; foi um dos medalhistas mais aplaudidos.
O ouro de hoje, que inaugura também o quadro de medalhas para a delegação brasileira, é a quarta premiação em Paralimpíadas do paratleta de 22 anos. Em Tóquio, além da prata nos 100 metros costas, Gabrielzinho ficou com o ouro nos 200 metros livres e 50 metros costas.