Imagem: Divulgação JCSP
Câmara Municipal de SP vota nesta terça proibição de apostas em corridas de cavalo no município

Câmara Municipal de SP vota nesta terça proibição de apostas em corridas de cavalo no município

Projeto, de alcance municipal, não leva em conta que o turfe é atividade regulamentada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, sendo portanto pauta de âmbito federal

A Câmara Municipal de São Paulo analisa nesta terça-feira, dia 27, projeto de lei que proíbe apostas em corridas de cavalos na capital paulista. Se aprovada a votação, que acontece em segundo turno, o Jockey Club de São Paulo terá que encerrar as atividades do Hipódromo Paulistano, fundado em 1941 no bairro de Cidade Jardim. A informação foi veiculada pelo blog do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.

O PL, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PSDB), foi votado e aprovado em primeiro turno no final do ano passado. Se a decisão dos vereadores for mantida em sua maioria, caberá então ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionar ou vetar o projeto, que visa proibir a utilização de cavalos para atividades que resultam em apostas.

Tripoli alega, entre outros, pontos, que a lei colocada em votação faz referência a outras práticas consideradas violentas e que envolvem animais, tais como rinhas de galo e de pitbulls, proibidas nacionalmente. No entanto, ele não leva em conta que o turfe é regulamentado e fiscalizado pelo Ministério da Agricultura, sendo portanto pauta de âmbito federal.

Além dessa ameaça de encerramento de suas atividades, o turfe paulista convive com mais um pesadelo desde o início do ano passado. Em outras duas votações, em primeiro e segundo turno, a mesma Câmara aprovou a transformação do hipódromo em um parque público, que teria até nome já escolhido pelo presidente da Casa, Milton Leite (União), principal defensor do processo: Parque João Carlos Di Gênio.

O motivo da desapropriação seria a dívida de IPTU que o Jockey Club tem há décadas com a municipalidade, cujos valores rondam a casa dos R$ 400 milhões. Em sua defesa, apresentada em ocasião anterior, a diretoria do clube já divulgou que o hipódromo é um parque público, pois não cobra taxa de entrada nos dias de corrida.

Outra alegação é de que a Prefeitura não pagou, até hoje, pela desapropriação da Chácara do Ferreira, ocorrida há quase 10 anos, na zona oeste da capital. Na época, um valor de R$ 80 milhões; atualmente uma disputa na Justiça que alcança quase R$ 200 milhões.