A melhora na perspectiva da nota de crédito reflete, segundo a agência S&P, os sinais positivos quanto à estabilidade da política fiscal e monetária, com crescimento do PIB e recente aprovação do novo arcabouço fiscal
O mercado acionário brasileiro fechou o pregão desta quarta-feira, dia 14, com alta de 1,99%, aos 119.069 pontos - maior índice registrado desde outubro do ano passado. Na direção contrária, o dólar comercial terminou a sessão em baixa de 1,14%, cotado a R$ 4,80, menor valor em pouco mais de um ano, desde 6 de junho de 2022.
Os mercados foram impactados pela decisão do banco central dos EUA de manter os juros e pela melhora na visão do risco do país, depois que a agência S&P elevou a perspectiva do Brasil de "estável" para "positiva", em anúncio feito na tarde desta quarta-feira. É o primeiro desdobramento positivo que a agência adota para a nota soberana brasileira desde 2019.
A melhora na nota é consequência, segundo a S&P, de sinais de maior certeza sobre as políticas fiscal e monetária, que podem beneficiar as perspectivas ainda baixas de crescimento do PIB. Além disso, a agência aponta que o crescimento contínuo do PIB somado à recente votação do novo arcabouço fiscal podem resultar em uma carga da dívida pública menor que o inicialmente esperado.
De acordo com a S&P, esses dados positivos reforçam a visão de uma estrutura institucional resiliente do Brasil, "com formulação estável de políticas, baseada em amplos freios e contrapesos entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário".
Já no caso do Federal Reserve, o seu Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) manteve a taxa de juros nos Estados Unidos nos atuais patamares, deixando porém a sinalização de que novas altas não podem descartadas nas próximas reuniões. O comitê optou por manter a taxa básica de juros no intervalo estabelecido no último encontro, de 5,00% - 5,25%, em linha com que o mercado financeiro aguardava.