Modelo disponível no mercado lembra os streamings de vídeos, como Netflix, Amazon e Spotify, mas ainda não está disponível em todos os estados
O sonho de muitos brasileiros em ter à disposição energia solar não depende mais de instalar nas residências aqueles bonitos porém ainda custosos painéis fotovoltaicos.
Trata-se da oferta da energia solar por assinatura. O serviço, que já é oferecido no país desde 2015, permite baixar o valor da conta de luz em até 20%. A modalidade ainda é incipiente no país, mas tem crescido rapidamente nos últimos anos, com mais pessoas e pequenas empresas buscando formas alternativas para aliviar os custos das contas de luz.
O modelo tem similaridades com os streamings, como Netflix, Amazon e Spotify, em que o consumidor faz a adesão por um valor, que pode ser fixo ou não, e tem liberdade para cancelar quando quiser.
Segundo reportagem do Portal R7, desde 2020, a potência instalada de energia "alugada" por terceiros mais que dobrou: foi de 39,2 MW (megawatts) para 95,5 MW, envolvendo essa que é hoje a segunda maior fonte de energia no país, atrás apenas da líder destacada, que é a geração pelas hidrelétricas.
Em outra reportagem, a Folha de S. Paulo informa que o serviço é oferecido por empresas que possuem fazendas solares. Na prática, quem faz a assinatura está comprando uma fração da energia produzida por essas companhias e recebendo créditos que podem ser abatidos na conta de luz todos os meses. É essa compensação que permite uma economia entre 10% e 20% na fatura.
Funciona como um consórcio ou uma cooperativa. O consumidor, pessoa física ou jurídica, não necessariamente usufrui da energia gerada na fazenda solar, mas se torna um "produtor", o que lhe dá direito de descontar a fatia que jogou na rede do total consumido naquele mês.
Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina deve estar conectada à concessionária onde está instalada e só pode oferecer os créditos (a assinatura) para pessoas e empresas que recebem energia da mesma distribuidora. Assim é que essa usina fica encarregada de informar o consumo à distribuidora, que faz a compensação na fatura.
Estados como Minas Gerais, através de grandes concessionárias como a Cemig Sim, já dispõem do serviço para oferecer aos seus clientes, especificamente nas regiões em que atuam. Em São Paulo, entretanto, a Enel, maior concessionária do Estado, ainda não oferece a nova modalidade.