O celebrado pintor alemão Gerhard Richter completou 91 anos no início deste mês de fevereiro, na condição do mais famoso pintor vivo do século 21, e também o mais bem pago. Morador de Colônia, ele ainda é visto passeando pela cidade, sem fazer muita questão de ser reconhecido ou de dar entrevistas. Nascido em Dresden, Richter é considerado pelos críticos de arte o "Picasso do século 21".
A comparação que fazem com o pintor espanhol vem do fato de Gerhard Richter ser um dos pintores de maior sucesso na atualidade e suas obras se encontrarem nos museus mais famosos do mundo. De personalidades diferentes, sob o ponto de vista das pinturas, os críticos enxergam semelhanças pelo fato de ambos sempre terem sido precursores nas sucessivas tendências de arte.
O alemão transitou pela Pop Art e pelo expressionismo abstrato, que ele rebatizou de "realismo capitalista", em uma resposta irônica à doutrina oficial da antiga Alemanha Oriental, o "realismo socialista", país que abandonou em 1961.
Já Pablo Picasso, personagem mais extrovertido e que aparecia muito na mídia, inovou ao usar diferentes cores e formas. Esteve ligado a diferentes movimentos artísticos, como o cubismo, do qual foi co-fundador, e o surrealismo. Foi igualmente um dos pintores mais famosos de seu tempo, até morrer, aos 92 anos, na França, cumprindo um profícuo período de trabalho que durou 78 anos.
A partir de 1961 morando na Alemanha Ocidental, reunificada em 1990, Gerhard Richter continuou desenvolvendo uma sólida carreira. Uma de suas obras mais famosas, uma pintura abstrata em que usou tinta acrílica sobre tela, foi vendida pela Sotheby's de Londres pelo valor estratosférico de US$ 46 milhões.
