Investir na qualidade do chocolate paraense é uma das metas do governo do Estado | Imagem: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
Chocolate paraense ganha medalha de bronze em concurso internacional

Chocolate paraense ganha medalha de bronze em concurso internacional

Com apoio do governo do Estado do Pará, o chocolate Gaudens Cupuaçu foi destaque no concurso da Academia de Chocolate de Londres, realizado no final de 2022

Mais um produto genuinamente paraense se destaca em competição internacional. O chocolatier Fábio Sicília ganhou a medalha de bronze com o chocolate Gaudens Cupuaçu, no concurso da Academia de Chocolate de Londres (Inglaterra), um dos mais importantes do mundo. O evento foi realizado em dezembro de 2022, e o resultado saiu no último dia 3 de janeiro.

De acordo com Fábio Sicília, foi criado um produto único, com chocolate branco e cupuaçu. "Agora temos o cupuaçu alavancando para o mundo com a verticalização dos produtos, como bacuri e açaí, também. Esse concurso potencializa não somente o cacau, mas todo o nosso agronegócio", destacou o chocolatier.



Amêndoas de cacau oriundas de solo paraense - Marco Santos / Ag. Pará

Ele afirmou ainda que o Governo do Pará, por meio das secretarias de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), fomenta essa cadeia por meio de diversas visitas técnicas do produto pelo Brasil, aumentado a visibilidade. "Com a premiação do chocolate Gaudens Cupuaçu, a visibilidade se torna internacional e com possibilidade de exportação", acrescentou.

O secretário estadual João Carlos Ramos informou que os chocolatiers e produtores do Pará recebem o apoio necessário para impulsionar a cadeia do cacau e chocolate, não só no cenário nacional como fora do Brasil. Ele explicou que a Sedap, via Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura (Procacau), trabalha com a internacionalização de amêndoa.


Eventos nacionais e internacionais dão visibilidade à constante evolução do chocolate produzido no Pará - Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará

"Como parte dessas ações, está o apoio para as feiras e eventos nacionais e internacionais. O objetivo é levarmos o produtor para demonstrar a sua amêndoa. Também é trabalhada a questão da qualidade da amêndoa para produzir um bom chocolate. Tudo isso soma-se à experiência do produtor e das empresas artesanais que estão criando o chocolate através do cacau de origem. Não é só produzir o cacau, mas produzir o cacau de boa qualidade para ter um chocolate também de excelente qualidade", reiterou o titular da Sedap, para quem "o Pará tem muita qualidade na fabricação de chocolate e amêndoa, e temos hoje a possibilidade de apresentar ao mundo".

Patente no Japão


O cupuaçu foi registrado no Japão em 1998, mas o Brasil só descobriu a patente quatro anos depois, quando uma cooperativa de produtores de doces foi impedida de exportar derivados da fruta com esse nome para a Alemanha.

As multinacionais Asahi Foods e Cupuaçu International registraram no final dos anos de 1990 o nome cupuaçu como marca exclusiva no Japão. A anulação do registro pelo Escritório de Marcas e Patentes japonês foi obtida pelo escritório Trench, Rossi & Watanabe, de São Paulo. Através de parceiros em Tóquio, duas advogadas dessa banca trabalharam por um ano com ações e recursos para impedir que o nome se transformasse em uma marca privada daquele país

(Com informações da Agência Pará de Notícias, do governo estadual do Pará)