O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (esq.) ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) |
Lula avalia trocar comando da Secretaria Geral após voltar da China

Lula avalia trocar comando da Secretaria Geral após voltar da China

Presidente deve nomear Guilherme Boulos (Psol) no lugar de Márcio Macêdo (PT); reforma ministerial segue contemplando partidos aliados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia trocar o comando da Secretaria Geral da Presidência. A ideia é tirar Márcio Macêdo (PT) e colocar o deputado Guilherme Boulos (Psol) no lugar. A mudança, no entanto, só será confirmada depois que o petista retornar da China, onde faz uma visita de Estado.

O psolista tem bom trânsito com os movimentos sociais e conta com a simpatia do chefe do Executivo, que o apoiou na eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2024.

Na sede do Executivo, a avaliação é que sua nomeação fortaleceria o diálogo entre o governo e os movimentos sociais. Lula busca azeitar sua relação com a classe, já que precisa ampliar seu eleitorado para o pleito de 2026 caso decida concorrer à reeleição.

A ida de Boulos para o Planalto, no entanto, estaria condicionada ao deputado federal apoiar o governo até o fim do mandato. Para isso, não poderia concorrer à reeleição para deputado federal, pois o petista não quer perder mais ministros. A indicação de Boulos para o governo federal pode ser o fim de um capítulo da reforma ministerial, aguardada desde as eleições municipais de 2024. Até agora, Lula só beneficiou o PT.

  • Secom (Secretaria de Comunicação Social) - saiu Paulo Pimenta e entrou Sidônio Palmeira -este sendo da cota pessoal do presidente;
  • SRI (Secretaria de Relações Institucionais) - saiu Alexandre Padilha e entrou Gleisi Hoffmann;
  • Saúde - saiu Nísia Trindade e entrou Padilha;
  • Mulheres - saiu Cida Gonçalves e entrou Márcia Lopes.

Também houve mudança no Ministério das Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil) foi substituído por Frederico de Siqueira, indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nesse caso, a decisão de Lula veio depois de Juscelino ser denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por corrupção e desvio de emendas parlamentares.

Outra mudança por caso de escândalo também foi feita. Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social, pediu demissão em 2 de maio por causa de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O prejuízo estimado de 2019 a 2024 é estimado em R$ 6,5 bilhões. Wolney Queiroz assumiu o ministério em seu lugar.

Enquanto isso, o Centrão segue insatisfeito. O grupo reclama que as mudanças ministeriais têm contemplado só o PT, sem contemplar partidos aliados.

Poder 360
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