Prestes a abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde um dia o Brasil teve no púlpito como seu representante figuras da magnitude do chanceler Oswaldo Aranha, o presidente Jair Bolsonaro chegou domingo aos Estados Unidos e, desde então, cumpre uma agenda a seu gosto. "Jantar de luxo em NYC", brincou o ministro Luiz Eduardo Ramos, secretário-geral da presidência.

O colunista Luiz Carlos Azedo cantou a bola em sua coluna "O refúgio de Bolsonaro", neste domingo: "o presidente gosta de ambientes populares e pode até criar um factoide na vida mundana dos brasileiros em Nova York", citando então alguns restaurantes verde-amarelos em área conhecida como "Little Brazil".

Com esse roteiro, Bolsonaro & comitiva evitariam assim constrangimentos como o de tentar entrar em algum restaurante na cidade, onde lhes seria cobrado o comprovante da vacina da Covid-19 que, garantem, não tomaram.

A foto da comitiva comendo pizza, o comentário do secretário-geral, são simbólicos da ação política que é a campanha em marcha de Bolsonaro para a reeleição em 2022. O "entourage" só não contava com uma coisa: o ministro da Economia Paulo Guedes, interlocutor junto ao mercado financeiro e aos principais bancos norte-americanos, não aparece na foto
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Um sinal de que o outrora "superministro", até aquele momento, não estava junto à comitiva. Ou que realmente não apareceu e nem vai aparecer. Ao abrir mãos do convescote da pizza domingo à noite, Guedes talvez tenha desistido de um possível vexame maior, de toda a delegação, na medida em que Bolsonaro promete dizer "verdades" na ONU amanhã.

A conferir.