A rede varejista Havan comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que desistiu, pela segunda vez, de sua oferta inicial pública de ações (IPO) na B3. "A companhia, por ora, adia a intenção de realizar sua oferta, que será retomada em momento oportuno e devidamente informada ao mercado", divulgou a empresa em comunicado.

As primeiras impressões do mercado, segundo informações relatadas pela imprensa, é que os próprios bancos coordenadores da oferta já haviam recomendado que a Havan não finalizasse a operação nesta janela, por conta da alta volatilidade do mercado.

Por outro lado, essa mesma volatilidade tem forte componente político, área na qual o fundador da companhia, o polêmico Luciano Havan, circula e se manifesta a todo momento, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Comenta-se, nas próprias hostes bolsonaristas, que Luciano "Véio da Havan" poderia sair candidato ao governo de Santa Catarina nas eleições de 2022. O resultado econômico dessa atuação mostra-se agora, e representa um novo revés para o empresário, notório defensor e 'linha de frente' das ideias do presidente.

A Havan, com sede na cidade de Brusque, em Santa Catarina, possui hoje 162 lojas físicas, distribuídas por 18 estados. São pontos caracterizados por exibirem em suas fachadas réplicas da Estátua da Liberdade. Além do comércio presencial, a rede também tem uma operação de comércio eletrônico.