Criada no final dos anos 2000 pelos empreendedores Alejandro Vázquez, Martín Palombo e Santiago Rosa, a plataforma argentina de lojas virtuais Nuvem Shop ganhou status de mais novo unicórnio da América Latina nesta terça-feira, dia 17, ao receber um aporte de capital de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 2,6 bilhões. Com a injeção de novos recursos, a empresa atingiu uma avaliação de mercado de US$ 3,1 bilhões (R$ 16 bilhões), segundo informação divulgada pelo site Info Money.
O aporte foi liderado pelos fundos Insight Partners (investidor do Alibaba e Twitter) e Tiger Global Management (99Taxi, Spotify, Stone e Uber). Participaram também os fundos Alkeon, Sunley House Capital, Owl Rock e VMG Partners.
O modelo mais próximo do que é hoje a plataforma foi definido em 2010, quando a Nuvemshop foi para seu modelo atual de criação de lojas virtuais. Um negócio que busca a tendência direct to consumer, em que PMEs se conectam de maneira direta com seus consumidores. O objetivo é que pequenos e médios empreendedores se insiram e sejam bem sucedidos na economia digital, disse um dos sócios, o CEO Santiago Rosa, ao IM.
Os usuários carregam produtos e escolhem layout, cores e fontes de suas lojas virtuais por meio de um celular ou um computador. A plataforma se monetiza cobrando uma mensalidade e uma taxa fixa por venda. São três planos: R$ 49,90 com taxa fixa de R$ 1,99 por venda fechada; R$ 99,90 com taxa fixa de R$ 0,99: e R$ 199,90, com taxa fixa de R$ 0,49.
Os atuais clientes da Nuvemshop vão desde microempreendedores individuais (MEI) até negócios que faturam anualmente R$ 50 milhões. São mais de 90 mil lojas, a maioria delas no mercado brasileiro, além de Argentina e México. Entre os concorrentes, estão a Loja Integrada/VTEX (fez recentemente seu IPO nos EUA), Locaweb e Tray. Fora da AL, também se posicionam a norte-americana Shopify e a israelense Wix.