Trem biodiesel usado na Florida: governo deve evitar eletrificação da região entre Jundiaí e Campinas | Imagem: (Brightline)
Governo de SP vai abrir consulta pública para o Trem Intercidades

Governo de SP vai abrir consulta pública para o Trem Intercidades

O Trem Intercidades (TIC), que ligará São Paulo a Campinas, um dos maiores projetos de infraestrutura do governo de São Paulo, poderá sair em breve do papel. Com investimento previsto em torno de 7,5 bilhões e estimativa de ficar pronto até 2027 - uma projeção de especialistas do setor ferroviário -, o plano será submetido à sua primeira audiência pública no próximo dia 16 de agosto; no dia seguinte, será aberta a etapa de consulta, que deve durar 90 dias. O governo estadual quer realizar o leilão de concessão até a primeira metade de 2022, como informou à imprensa o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

O TIC é um projeto bastante aguardado não só pela comunidade ligada às ferrovias como também pela população de São Paulo e Campinas, que será beneficiada com o novo modal de transporte público. O trem também atenderá passageiros com embarque e desembarque previsto para o aeroporto internacional de Viracopos. Embalado pelo novo trem, a prefeitura de Campinas já iniciou estudos para implantação de trilhos entre a cidade e o aeroporto, um percurso de cerca de 20 quilômetros. Seria um modal alternativo, um trem de superfície semelhante ao previsto para a Linha 17-Ouro, que vai conectar o aeroporto de Congonhas à estação São Paulo-Morumbi do metro Linha 4-Amarela.

O governo estadual pretende fazer a licitação do trem em bloco, juntamente com a Linha 7-Rubi e a Linha 10-Turquesa, ambas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O pacote todo está sendo avaliado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Outro ponto ainda pendente é a renovação antecipada do contrato da MRS, concessionária que opera uma malha ferroviária federal dentro do estado. Em troca da prorrogação contratual por mais 30 anos, a companhia deverá fazer a segregação das linhas destinadas a passageiros e carga, que hoje são compartilhadas.