Moura Dubeux Empreendimento Moinho Recife dos edifícios o Silo 240 e Silo 215, no Bairro do Recife. - | Imagem: Divulgação
Antigo moinho de trigo receberá 251 apartamentos no Recife

Antigo moinho de trigo receberá 251 apartamentos no Recife

Aproveitar espaços ociosos e reinventar as áreas urbanas das grandes metrópoles. Eis aí um grande desafio para as administrações municipais, engenheiros e arquitetos, que para tal deveriam contar com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional para a obtenção de recursos financeiros.

Enquanto isso não acontece, vão surgindo soluções criativas Brasil afora, como o anúncio agora da construção de apartamentos dentro de silos de trigo do antigo Moinho Recife. Segundo o Jornal do Commercio/PE, os silos, que serão transformados em moradias com vista para o mar e para o Porto Digital do Recife, foram vendidos em apenas 10 dias.

Serão no total 251 apartamentos de 20 a 70 metros quadrados, no antigo moinho localizado na região portuária de Pernambuco. De acordo com a Folha de S. Paulo, o retrofit será feito pela construtora Moura Dubeux, e as obras, que devem durar três anos, vão começar no segundo semestre. São duas torres, ocas por dentro, que vão ganhar lajes e janelas. Um silo é cilíndrico, e outro retangular. Os apartamentos vão custar entre R$ 180 mil e R$ 500 mil (a construtora não confirma nesta reportagem da Folha a venda já realizada das unidades, como adiantou o JCs online).

O projeto é parte de um empreendimento maior, na antiga zona portuária. Batizado de Moinho Recife Business & Life, prevê, além do retrofit nos dois silos, a reforma de outros prédios no entorno. A empresa formada para tal propósito é a Revitalis, que engloba os grupos Petribu, Tavares de Melo e Moura (que não é a Moura Dubeux), e que vai criar moradias, lojas, escritórios, coworkings, restaurantes e um edifício-garagem.

O projeto de revitalização, ainda que moderno e abrangente, não é inédito. No início dos anos 2000, foi criado na mesma região o Porto Digital do Recife, envolvendo governos estadual e municipal, iniciativa privada e a comunidade científica da UFPE. O Porto Digital alavancou áreas do antigo porto degradado, colaborou para diminuir a desigualdade social (a favela do Pilar fica no antigo porto), e levou várias multinacionais para a região, como IBM, Oracle, Intel e Microsoft.