Bitcoin sobe forte após tombo da véspera e encosta nos US$ 42 mil; queda ainda é de 17% em 7 dias

Bitcoin sobe forte após tombo da véspera e encosta nos US$ 42 mil; queda ainda é de 17% em 7 dias

Além do Bitcoin, outras grandes criptomoedas registram valorizações expressivas nesta quinta, como Ehtereum e Cardano

Por Rodrigo Tolotti

SÃO PAULO - Após o pânico com uma forte queda ontem, o Bitcoin se recupera nesta quinta-feira (20), chegando a subir quase 30% no acumulado de 24 horas e retomando o nível dos US$ 42 mil.

Às 10h30 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo registrava valorização de 16,7%, cotada a US$ 41.953. Apesar da recuperação, o Bitcoin ainda tem queda de 17% no acumulado de sete dias. Na mínima de ontem, o preço chegou a US$ 30.681.

Em reais, a moeda digital registra alta de 24,6%, cotada a R$ 222.841. Enquanto isso, o fundo de índice (ETF) de criptomoedas Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11) tem ganhos de 3,58%, para R$ 42,59.

O movimento é acompanhado por outros ativos digitais, como o Ethereum, que avança 12%, a US$ 2.878, Binance Coin (+8,3%) e o Cardano (+14,7%). Vale ressaltar que como o mercado de criptomoedas não fecha, essa variação é sempre em relação ao mesmo horário do dia anterior, sendo que neste mesmo horário na quarta, os preços estavam próximos de sua mínima do dia.

A queda acentuada ontem foi puxada por notícias de agências de que o governo chinês teria proibido instituições financeiras e empresas de meios de pagamento de participar de quaisquer transações relacionadas a criptomoedas.

Apesar disso, especialistas ressaltam que operações com critpomoedas já não eram permitidas na China e que esta decisão foi apenas um reforço de posição do governo.

O movimento negativo, porém, já vinha ocorrendo há pelo menos uma semana, quando o CEO da Tesla, Elon Musk, disse que a empresa iria suspender a venda de carros com pagamento em bitcoins.

Essa combinação de fatores também pesou no mercado de derivativos, com grandes quantidades de posições em aberto. Com investidores operando alavancados e com ordens automáticas de vendas - buscando evitar perdas muito acentuadas -, o início de uma derrocada cria um efeito cascata que aciona essas ordens e piora ainda mais a queda dos preços.

Especialistas consultados pelo InfoMoney, apontaram que mesmo com a forte desvalorização, os fundamentos do Bitcoin seguem intactos e que até o momento a tendência de alta no longo prazo permanece.

Em participação no Radar InfoMoney de ontem, Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero, recomendou que o investidor não fizesse nada neste momento, aguardando o mercado se acalmar e encontrar um novo preço de suporte. Segundo ele, a ponta compradora está bastante fragilizada com essa queda e é preciso ter paciência para entender o que irá acontecer com o mercado.

Mesmo assim, ele acredita que a tendência permanece, com a possibilidade da criptomoeda retomar suas máximas ainda este ano.

Já Cathie Wood, CEO da Ark Invest, firma de investimentos de tecnologia fundada em 2014 e baseada em inovação disruptiva, afirmou à Bloomberg que o Bitcoin está "barato" e pode chegar a valer US$ 500 mil. Em 2020, Cathie foi considerada pela Bloomberg a melhor "stock picker" do mundo.

InfoMoney
https://www.infomoney.com.br/mercados/bitcoin-sobe-forte-apos-tombo-da-vespera-e-encosta-nos-us-42-mil-queda-ainda-e-de-17-em-7-dias/