Em uma de suas últimas manifestações, o pontífice pediu para que continuassem os esforços em busca de uma paz justa e duradoura na Ucrânia e um cessar-fogo imediato em Gaza.
Morreu na manhã desta segunda-feira, dia 21, o papa Francisco, às 7h35 (3h35 em Brasília). Primeiro pontífice latino-americano da história, ele nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, e morreu devido a um quadro grave de pneumonia que o levou a algumas internações em Roma - a última delas no início de fevereiro.
Francisco, que ocupou o cargo máximo da Igreja por 12 anos, foi escolhido como novo líder dos católicos em todo o mundo no dia 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave realizado para eleger o substituto do alemão Bento XVI, que renunciou.
Como bem mostrou o filme "Dois Papas" (2019), do diretor brasileiro Fernando Meirelles, Bergoglio foi eleito contra a sua própria vontade, por insistência do conservador Bento, que via naquele movimento a necessidade de renovar a Igreja com um cardeal mais progressista. Ao chegar a Roma sem saber dos planos do papa, o argentino tinha em mente entregar sua carta de renúncia para se dedicar apenas às comunidades mais carentes de Buenos Aires, sobretudo na região de Villa Devoto e Flores, onde sempre residiu.
A última aparição pública do papa foi no Domingo de Páscoa, quando abençoou milhares de pessoas que estavam na Praça de São Pedro, no Vaticano. No mesmo dia, ele pediu que continuassem os esforços para uma paz justa e duradoura na Ucrânia e um cessar-fogo imediato em Gaza. Como é tradição na Igreja Católica, o funeral do papa começará na Basílica de São Pedro, terminando com uma missa de corpo presente na mesma Praça.