Essa possibilidade, que já havia sido aventada por alguns articulistas no ano passado, põe lenha na disputa estadual, uma vez que, até agora, o governador Tarcísio de Freitas vinha navegando com a maré totalmente a seu favor. Seus correligionários, inclusive, se gabavam de Tarcísio se dar ao luxo de escolher entre a reeleição ou uma candidatura a presidente em 2026.

Em novembro de 2024, Aluízio Falcão Filho, publisher da Exame, registrou que o assunto já havia entrado em pauta na direção do PSB. Tal discussão passaria por um arranjo que incluiria a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice na chapa para concorrer ao Palácio do Bandeirantes.

Tema levado a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ocasião, o presidente não se opôs a formação da chapa que tiraria seu atual vice de uma disputa da reeleição para o Planalto em 2026.

Meses antes, em abril de 2024, Cláudio Humberto, do Diário do Poder, foi o primeiro jornalista a abordar o assunto. "O plano do vice-presidente Geraldo Alckmin não é permanecer à sombra do presidente Lula em eventual segundo mandato. Aliados próximos dizem ter ouvido de Alckmin a pretensão de disputar o governo de São Paulo em 2026. O projeto é de conhecimento da cúpula do PSB e até de Lula, que não se opõe".

Na hipótese de se formar uma coalização PSB-PT para o governo estadual em 2026, como existe hoje no plano presidencial, Geraldo Alckmin voltaria ao seu berço político, onde, reconhecidamente, tem bastante força no interior. Marta, como vice, reforçaria muito a campanha na capital, onde reside a força de sua popularidade nas urnas.