Jornal Folha de S. Paulo publica a série "Historias da Política", que estreou em setembro, com reportagens que revelam fatos e bastidores inéditos da vida pública nacional ligados aos três Poderes
A então senadora Simone Tebet disputou a Presidência da República em 2022 consciente de que perderia. Assumiu a missão para evitar que seu partido de toda a vida, o MDB rachasse no primeiro turno entre as alas pró-Lula (PT) e pró-Jair Bolsonaro (PL). Ela sempre soube de qual dos dois lados estaria.
Em 2 de outubro, Tebet saiu da eleição mais polarizada da história brasileira em terceiro lugar, com 4,9 milhões de votos, ou 4,1% dos válidos. A campanha de Lula martelava a mensagem de que ele tinha chegado em primeiro, com 48,4%, mas também estava perplexa com os 43,2% obtidos por Bolsonaro.
Emissários do petista nem esperaram a segunda-feira, dia 3, para darem início a uma operação para somar todos os esforços possíveis diante de um segundo turno mais duro do que se previa. A primeira tarefa era tão previsível quanto o seu desfecho: conseguir o apoio da terceira colocada.
Na noite de domingo, o empresário Márcio Toledo, casado com a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy e interlocutor de líderes do MDB, foi procurado por petistas como o deputado federal Rui Falcão (SP) e o advogado Marco Aurélio de Carvalho. Era um pedido para o casal ajudar na aproximação com Tebet.
Márcio Toledo foi receptivo e sugeriu um almoço no apartamento do casal, nos Jardins, área nobre da capital paulista.
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https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/12/apoio-de-tebet-a-lula-teve-pt-apressado-embaraco-em-foto-recusada-e-pista-sobre-ministerio.shtml