Já se passaram quatro dias desde o forte temporal, acompanhado de ventania, que caiu sobre a capital e também em diversas cidades do interior paulista. Desde sexta-feira, dia 3, mais de dois milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma.
Em alguns casos, o corte de energia foi revertido em poucas horas. Mas milhares de residências e pontos comerciais ficaram sem luz entre sábado e o início desta semana. Segundo estimativas da ENEL, ainda há mais de 200 mil pessoas sem energia em suas casas nesta terça-feira, dia 7, contando capital e Grande São Paulo.

Pátio da Enel na capital de SP, com vários caminhões parados
A empresa tem realçado que o vendaval que acompanhou o forte temporal de sexta foi o mais forte registrado em sua área de concessão nos últimos anos e atingiu de forma severa a rede de distribuição de energia. Afirma também que as equipes trabalham 24 horas para reconstruir os trechos destruídos Mas as reclamações chegam de todas as partes, desde a população mais atingida até a Prefeitura e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Nesta segunda-feira, dia 6, houve uma reunião em São Paulo entre o presidente da ANEEL, Sandoval Feitosa, o governador Tarcísio de Freitas, o prefeito Ricardo Nunes e a diretoria da Enel, para se buscar uma solução a curto prazo, que é o restabelecimento de todo o sistema elétrico de SP.
Segundo previsão da Enel, a normalização do fornecimento deve ocorrer nesta terça para quase a totalidade dos clientes, no que se descarta, portanto, que 100% dos logradouros estejam plenamente atendidos até hoje. A concessionária tem repetido que está com todas as suas equipes nas ruas atendendo as ocorrências.
Hoje pela manhã, a 1ª edição do SPTV, da Rede Globo, mostrou um pátio de manutenção da Enel com diversos caminhões parados, não se sabe se por defeitos ou avarias mecânicas ou falta de funcionários. Cobrada pela reportagem, a concessionária explicou que se tratava de um efetivo de segurança, sem detalhar o que isso significa diante do desespero e revolta de moradores de diversas regiões que ainda estão sem energia em suas residências ou comércio.
As rajadas de vento de sexta, que ultrapassaram os 100 km/h e causaram a queda de centenas de árvores, foram as maiores já registradas pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo desde 1995, quando os dados começaram a ser computados.
Sete pessoas, entre motoristas e pedestres, morreram em decorrência da chuva no estado, devido à queda de árvores e até de um muro na capital. As mortes foram registradas em São Paulo, Ilhabela, Osasco, Santo André, Suzano e Limeira.