Um contingente de 35 milhões de argentinos vai às urnas a partir das oito horas da manhã deste domingo, dia 22, para eleger um novo presidente e seus representantes do Parlamento. O pleito reunirá nomes dos candidatos à presidência e vice-presidência, além de deputados de todo país, senadores de oito províncias e parlamentares do Mercosul.

Até o momento, seguem à frente na corrida presidencial os três candidatos aprovados nas prévias de agosto: o economista de extrema direita Javier Milei, do Liberdade Avança; a conservadora Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança; e o atual ministro da Economia da Argentina, o governista de centro-esquerda Sergio Massa, peronista do União pela Pátria.

Nessa primeira votação, Javier Milei conquistou o primeiro lugar, com 29,86%. Depois veio a coalizão Juntos pela Mudança, de Bullrich (28%) e, em terceiro lugar, ficou a União pela Pátria, de Massa (27,28%). Com os três praticamente "colados" nos números, alterações fatalmente ocorreram durante a campanha e depois dos debates pela TV e internet.

O jornal argentino La Nación analisou o resultado de 12 pesquisas eleitorais divulgadas até 11 de outubro. Dessas, em 11 delas Javier Milei ocupa o primeiro lugar, com desempenho de até 35,6%. Apenas dois levantamentos o posicionam abaixo da barreira dos 30%. Dez dentre as 12 pesquisas consultadas pelo jornal colocam Massa em segundo lugar no pódio. Mas um dos mais conceituados institutos de pesquisa eleitoral do país, o Atlas Intel, crava Massa na frente, com 30,6%; seguido por Milei, com 25,2%; e Bullrich em terceiro, com 25%.

A votação do primeiro turno segue aberta até às 18 horas de hoje, e o resultado começa a ser divulgado nas horas seguintes. Em caso de segundo turno para definir o novo presidente e seu vice, um novo pleito será realizado no dia 19 de novembro. Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa garantir mais de 45% dos votos. Ou mais de 40% desde que haja uma diferença superior a 10 pontos percentuais em relação ao rival mais próximo.

Desses 35 milhões de eleitores habilitados a votarem hoje, 368.034 são argentinos que residem no exterior, sendo que um total de 20,5 mil moram no Brasil, segundo dados da Câmara Nacional Eleitoral da Argentina.