Centro de Buenos Aires | Imagem: Divulgação
Saber usar o cartão de crédito, com o dólar diferenciado, pode ser bom negócio no turismo argentino

Saber usar o cartão de crédito, com o dólar diferenciado, pode ser bom negócio no turismo argentino

Como costuma fazer todos os anos em períodos em que grandes prêmios de Turfe são disputados em países da América do Sul como Argentina, Uruguai e Chile, IPO News atualiza a lista de alguns restaurantes e hotéis para suas seções "Gourmet" e "Tour", na expectativa de ajudar seus leitores que estão de viagem programada.

Desta vez, os holofotes se voltam novamente para Buenos Aires onde, no próximo dia 7 de outubro, será disputado o Longines Gran Premio Asociación Latinoamericana de Jockey Clubes e Hipódromos (G1),no hipódromo de San Isidro, nos arredores da capital Buenos Aires. O páreo contará com 14 participantes, inclusive os cavalos brasileiros Doutor Sureño (SP) e Callejero (RJ).

A presença de cavalos do Brasil é garantia que muitos turfistas viajarão na data. Caso dos donos dos equinos, equipes, dirigentes dos Jockeys Clubs e apreciadores das corridas e de um final de semana em Buenos Aires, para aproveitar a noite e afamados restaurantes. Desta vez, antes de apontar locais para se hospedar e comer, IPO News anotou algumas dicas de usar bem os cartões de crédito e fazer as conversões necessárias de moedas.

Desde o fim de 2022, o Banco Central da República Argentina (BCRA) instituiu um "dólar para turista" que é usado como câmbio de conversão pelas bandeiras dos cartões de crédito, "nas compras feitas por não residentes argentinos", segundo comunicado governamental emitido em novembro do ano passado.

Como funciona: quando um turista brasileiro faz uma compra com o cartão de crédito no comércio (ou serviço) argentino, o dólar de conversão desta compra - como acontece com todas as compras internacionais, o valor na moeda local é mudado para o dólar e depois para o real: é o dólar MEP, um câmbio usado pelo mercado financeiro e que, na última sexta-feira, dia 22, estava cotado a 681,52 pesos (enquanto o oficial valia 365,50 pesos e o blue era cotado a 745 pesos).

Ou seja, um câmbio bem mais vantajoso que o oficial - só lembrando que o "dólar para turista" (que é diferente do "dólar turista", usado como câmbio nas compras de argentinos no exterior) é aplicado posteriormente; no momento da compra, o câmbio usado para a conversão é o oficial, por isso que a fatura traz o valor cheio e depois lança um crédito, por conta do dólar diferenciado aplicado em compras de não residentes, como relatou reportagem do jornal Valor do último sábado, dia 23.

A mesma matéria mostrou um caso concreto. Uma turista comprou uma passagem aérea em agosto de ida e volta de Buenos Aires para San Salvador de Jujuy, na parte noroeste do país, na loja da Aerolíneas Argentinas, no centro de Buenos Aires, por R$ 1.762,87. Quando recebeu a fatura de setembro, teve um crédito em sua fatura de R$ 801,22.

E não é só a vantagem na hora do boleto: o viajante não precisa encarar aquelas cansativas maratonas nas casas de câmbio para trocar real por dólar, antes de viagem; e depois, quando chega ao destino, não tem necessidade de enfrentar outra canseira pelas casas de câmbio da calle Florida, onde punguistas são outro temor para se tomar cuidado.

Além de ter que "bater perna" no centro de Buenos Aires, muitas dessas casas de câmbio só trabalham com notas pequenas de pesos, o que obriga o turista a carregar uma bolsa ou mochila para encher de pesos comprados na calle Florida - atitude nem sempre discreta aos olhos de oportunistas que rondam o centro.