Cantor e compositor, o roqueiro carioca possuía um grande acervo de músicas, muitas feitas em parceria com Roberto Carlos a partir dos anos de 1960
O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira, dia 22, no Hospital Barra D'or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O cantor, de 81 anos, estava internado há poucos dias e chegou a ser entubado na segunda-feira, dia 21. Erasmo deu entrada inicialmente no hospital no dia 17 de outubro para realizar exames complementares e ajuste terapêutico para um quadro de síndrome edemigênica -- quando há um desequilíbrio das forças bioquímicas que mantém os líquidos dentro dos vasos sanguíneos, causando retenção e edemas pelo corpo. Chegou a ter alta e permaneceu alguns dias em casa, para então regressar à internação.
Formando o trio que apresentava o consagrado programa Jovem Guarda, na TV Record, ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa, Erasmo já trazia bagagem profissional quando se juntou a esses seus parceiros mais famosos. No início da carreira, tocou também com Tim Maia e Jorge Ben, que conheceu no bairro da Tijuca, no Rio, onde nasceu. Ele compôs alguns dos principais sucessos interpretados pelo coautor, o Rei Roberto, como "É proibido fumar" (1964), "Quero que vá tudo para o inferno" (1965), Gatinha Manhosa (1965), "Se você pensa" (1968), "Mesmo que seja eu" (1982), entre dezenas de outras músicas da dupla.
Erasmo deixa a esposa, Fernanda Passos, com quem se casou em 2019, e dois filhos, Gil e Leonardo, da união com a sua primeira mulher, Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves, a Narinha, que morreu em 1995. Erasmo já tinha perdido o filho do meio com Nara, Alexandre, vítima de morte cerebral causada por um acidente de moto em 2014.
Seu álbum mais recente, "O Futuro Pertence À... Jovem Guarda", lançado neste ano, ganhou na quinta-feira, dia 17, o Grammy Latino 2022 na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa, em cerimônia realizada em Las Vegas, nos EUA.
