O bilionário Elon Musk já disse que não tem mais interesse em comprar o Twitter, mas a plataforma de mensageria não planeja deixa-lo escapar tão cedo. Os acionistas do Twitter votaram favoravelmente nesta terça-feira, dia 13, à manutenção do acordo de aquisição de US$ 44 bilhões por parte do dono da Tesla, o que representa um valor de US$ 54,20 por ação. As ações da empresa abriram esta semana valendo cerca de US$ 41,00, quase 25% abaixo do preço do negócio.
A votação ocorreu dias após a o envio da terceira carta de Musk endereçada à companhia buscando rescindir o acordo, e com este a sustação do pagamento de uma indenização de US$ 7,75 milhões que a plataforma teria feito ao seu ex-chefe de segurança, Peiter Zatko, que denunciou falhas de segurança e vulnerabilidades de privacidade no Twitter.
Na carta, os advogados de Elon Musk alegaram que o pagamento - que teria sido feito a Zatko e seus advogados em 28 de junho como parte de um acordo de separação - violou uma cláusula do contrato de aquisição do Twitter.
A companhia concordou em não fornecer indenizações a funcionários em valores fora do "curso normal dos negócios consistente com as práticas anteriores", de acordo com o contrato. O Twitter classificou a última tentativa de Musk de sair do processo de venda como "inválida e injusta".
Elon Musk enviou primeiro uma carta para encerrar o acordo em julho, alegando que o Twitter havia mentido sobre a quantidade de contas falsas ou de spam registradas na base de usuários, afetando o valor da operação.
O Twitter processou Musk para força-lo a concluir a aquisição, acusando o bilionário de usar bots como pretexto para sair de um acordo pelo qual ele supostamente se arrependeu na condição de comprador, após um declínio das ações na bolsa.
A disputa entre Musk e o Twitter terá um novo capítulo no dia 17 de outubro, data de julgamento do caso na corte judicial do estado do Delaware, nos EUA, caso até lá um acordo entre as partes não seja alcançado.