Lula e Alckmin lançam o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, em São Paulo

Um grande ato com cerca de quatro mil pessoas lançou, na manhã deste sábado, dia 7, o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, em São Paulo. Com a presença de militantes, lideranças partidárias, representantes de movimentos sociais e das centrais sindicais, artistas, intelectuais e outras personalidades, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediram união para restaurar o Brasil da atual crise.

Em seu discurso, feito à distância após um diagnóstico de Covid-19, Geraldo Alckmin (PSB) falou sobre a necessidade de uma união nacional para recuperar o Brasil do momento de crise econômica e social em que o país está afundado.



Um dos momentos mais emocionantes aconteceu quando Rosângela Janja da Silva, a noiva do ex-presidente, tomou a palavra para apresentar a ele seu presente de casamento. Janja contou da viagem que ele fizeram ao Rio Grande do Norte, no ano passado. "Você se emocionou com o jingle de 1989 e falou que nunca mais ia ter a mesma emoção daquela campanha. Então eu e o Stuckert fizemos esse presente para você", disse.

No telão, começou um vídeo com diversos cantores e cantoras, como Martinho da Vila, Maria Rita, Chico César, Odair José, Francis e Olivia Hime, Marti'nalia, Flora e Bela Gil, Gilsons, Duda Beat, Lenine, Zélia Duncan, Pabllo Vittar e Paulo Miklos, entre outros, cantando uma versão atualizada do jingle "Sem Medo de Ser Feliz", que correu o país na eleição de 1989.

No ápice da festa, Lula começou seu discurso, destacando seu passado e legado ao longo dos oito anos que governou o país e nos anos da presidenta Dilma. Também falou sobre as dificuldades de reconstruir o Brasil após os anos desastrosos do atual governo.

"No nosso governo, promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para todos. Combinamos crescimento econômico com inclusão social. O Brasil se tornou a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real", disse.



Lula continuou pedindo a união de todo o Brasil. "É preciso mais do que governar, é preciso cuidar. E nós vamos outra vez cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro. Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações, todas as classes, todas as religiões, todas as raças, todas as regiões do país. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania", declarou.

Mais tarde, em um post no seu Twitter, o ex-presidente brindou a fala de Alckmin, que no seu discurso online chamou de "Lula e Chuchu" a nova chapa presidencial. "Lula e Chuchu vai ser o prato predileto de 2022 e vai ser o prato da moda no Palácio do Planalto a partir de 2022!".


O lançamento da chapa Lula-Alckmin aconteceu um dia após a divulgação de nova pesquisa eleitoral Ipespe, encomendada pela XP Investimentos. Os números mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 44% das intenções de voto, contra 31% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em terceiro segue ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 8%; e o ex-governador João Doria (PSDB), com 3%. O deputado federal André Janones (Avante) tem 2% e a senadora Simone Tebet (MDB), 1%, o mesmo que o pré-candidato do Novo, Felipe d'Avila.

Já para um cenário de segundo turno, a mesma pesquisa apresenta Lula com 54% dos votos, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro tem 34%. Brancos, nulos e indecisos somam 12%.