Líder mundial do setor de aplicativos de transporte, dona da Uber na China e da 99Taxi no Brasil, a gigante asiática listou suas ações em NY em junho, depois de levantar cerca de US$ 4,4 bilhões em IPO
A gigante chinesa de aplicativos de transporte Didi Chuxing anunciou nesta sexta-feira, 3/11, que fechará seu capital na Bolsa de Nova York (Nyse) e listará suas ações em Hong Kong. O anúncio acontece menos de seis meses após a companhia ter feito seu IPO em Wall Street, o que causou desentendimentos junto ao governo chinês.
Em publicação em uma rede social, a empresa informou que a decisão foi tomada após cuidadosa análise da situação. A Didi não forneceu detalhes de como os planos serão concretizados. Uma opção seria primeiro garantir uma listagem em outro lugar, enquanto outra rota seria buscar um acordo "take-private" que compraria as ações detidas por investidores públicos - uma transação que exigiria bilhões de dólares de financiamento, dada sua capitalização de mercado.
A Didi revelou que solicitará a retirada de suas ações depositárias americanas em Nova York, ao mesmo tempo em que garante que sejam conversíveis em papéis que possam ser negociados livremente em outra bolsa de valores internacional. Uma assembleia de acionistas será organizada para tratar do fechamento de capital.
A Didi listou suas ações em Nova York no dia 30 de junho, depois de levantar cerca de US$ 4,4 bilhões em um IPO. Logo em seguida, as autoridades chinesas, surpreendidas com a decisão, disseram que estavam conduzindo uma análise de todo o processo.
Os reguladores chineses também impediram que os negócios de Didi na China adicionassem novos usuários e ordenaram que alguns aplicativos fossem desativados, em uma briga que acabou se alastrando para outras grandes empresas, como a Alibaba.