Imagem: Divulgação Conselho Federal de Enfermagem
Israel: estudo aponta risco de Covid-19 para quem já tomou as duas doses

Israel: estudo aponta risco de Covid-19 para quem já tomou as duas doses

Quem é mais susceptível a contrair uma grave contaminação por Covid-19 mesmo depois de ter tomado a segunda dose? A pergunta foi feita por uma equipe de médicos de Jerusalém, em Israel, para uma pesquisa desenvolvida pelo Professor Tal Brosh, Head da Unidade de Doenças Infecciosas do Samson Assuta Ashdod Hospital.

Divulgada pelo jornal The Jerusalem Post, a pesquisa médica estudou 152 pessoas vacinadas com as duas doses e que posteriormente se tornaram pacientes de 17 hospitais israelenses. Elas desenvolveram Covid-19 mesmo após ter recebido a segunda dose, e foram internadas devido à gravidade de seus casos.



photo credit: MARC ISRAEL SELLEM - The Jerusalem Post

A amostragem foi pequena porque poucos indivíduos contraíram o coronavirus e desenvolveram uma infecção mais séria, já que a vacina se mostrou de 97 a 98% efetiva contra o vírus standard, além do que, vem provando ser quase tão efetiva também no combate à variante Delta (em Israel, foi aplicada a vacina produzida pela norte-americana Pfizer em conjunto com a alemã BioNTech).

."Nós estamos notando que a maioria dos infectados não são pessoas saudáveis", disse o Professor Brosh. "Quase todos (96%), tem comorbidades, como doenças cardíacas,

pulmonares, renais, demência, câncer ou outras ainda. Do total de hospitalizados (152), 38 foram classificados como "críticos", necessitando ventilação mecânica ou mesmo vindo à óbito". Também foram verificados casos de diabetes, assim como muitos pacientes imunodeprimidos. A idade média dos internados era alta, de 71 anos.

O médico líder da pesquisa registrou que muitos dos casos averiguados eram da variante Alpha, que foi muito presente no início da pandemia em Israel. Mas que, posteriormente, começaram a aparecer casos da cepa Delta que pareceram 'quebrar' as defesas da vacina com mais gravidade do que a Alpha.

Como conclusão do estudo, o Professor Brosh fez um alerta: "Se você é idoso ou tem comorbidades, ou ainda é imunodeprimido, não deve se considerar totalmente protegido pela vacina. Quando há um aumento da transmissão do vírus em uma comunidade, o que o cidadão tem que fazer é tomar conta de si mesmo", ressaltando, com isso, a necessidade de se manter a prevenção com isolamento, distanciamento e medidas de proteção básicas, como uso de máscara e álcool em gel.