Mineradoras, petroleiras, fabricantes de celulose? Veja quais ações podem subir mais no 'boom das commodities'

Mineradoras, petroleiras, fabricantes de celulose? Veja quais ações podem subir mais no 'boom das commodities'

Ações como Vale, Suzano, PetroRio e SLC Agrícola já surfaram bastante na alta das commodities; veja quais vão se destacar mais daqui para a frente

Por Priscila Yazbek

SÃO PAULO - O ciclo de alta das commodities tem ajudado a sustentar a Bolsa brasileira. Mas ainda que diversas ações estejam surfando na onda, analistas veem perspectivas diferentes para cada grupo de matéria-prima.

De forma geral, a tendência no curto prazo ainda é de alta para ações de mineradoras, petroleiras e fabricantes de papel e celulose, mas no médio e no longo prazo os comportamentos podem divergir.

Enquanto o otimismo é grande com as commodities metálicas, citadas como as grandes estrelas do atual ciclo, especialistas apontam que a demanda por petróleo deve passar por mudanças estruturais nos próximos anos. Já no caso de frigoríficos e empresas do setor de celulose, as expectativas variam de ação para ação.

Veja a seguir as análises divididas por setor, os papéis que se destacam e o quadro com as recomendações e preços-alvos para cada um deles.

Metálicas

A gestora BlackRock, que tem mais de US$ 9 trilhões de ativos sob gestão, avalia que a recuperação das duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, ainda vai sustentar os preços do petróleo no curto prazo, mas a "transição verde" deve erodir a demanda por combustíveis fósseis no longo prazo. Já metais industriais, incluindo cobre, níquel e lítio, devem desfrutar de uma demanda estrutural provocada por essa mesma transição para os próximos anos.

"A descarbonização do sistema de energia e a eletrificação do setor de transporte, por exemplo, serão empreendimentos massivos que exigirão uma construção em grande escala de uma nova infraestrutura", diz a BlackRock, em relatório publicado no dia 22 de abril. "Ao mesmo tempo, o maior foco na sustentabilidade pode tornar os novos projetos mais caros e demorados, agravando a escassez de oferta de minério de ferro e elevando preços", completa a gestora.

Mas a transição verde não é o único fator que leva a BlackRock a prever uma demanda estrutural maior pelos metais. "A força das commodities metálicas deriva de uma crise de oferta, que é resultado de anos de baixo investimento e disciplina sobre aumento de capital das principais mineradoras, e que foi exacerbada por interrupções na produção causada pela pandemia."

Gilberto Cardoso, analista de commodities da OhmResearch, avalia que a performance ruim dos fornecedores e a transição verde beneficiam duplamente as ações da Vale (VALE3), cujo minério de ferro é referência de qualidade no mercado global: além de menos poluente, também ganha em termos de produtividade. "Hoje o minério da Vale, com 65% de teor de pureza, tem um spread de US$ 30 sobre o minério 62%, que é a média do mercado. É uma das maiores diferenças históricas."

Para o analista da Ohm, os preços-alvos dos principais bancos de investimento para a Vale, em torno de R$ 120, consideram nos cálculos um minério de ferro de cerca de US$ 150 a tonelada em 2021. "Como o minério vem superando os US$ 180, e chegou a bater US$ 200 na semana passada, a ação pode passar por uma reavaliação. E os novos preços-alvos podem chegar à casa dos R$ 150."

Foi justamente esse o comentário do banco Credit Suisse após a divulgação dos dados de de produção da Vale no primeiro trimestre. "A empresa está net cash [caixa líquida], e vemos alta probabilidade de pagamento de mais dividendos, que devem ser somados ao programa de recompra de ações, e provavelmente proporcionar uma reavaliação do papel. Enxergamos a Vale negociando a 2,6 vezes o EV/Ebitda [valor de mercado mais dívidas sobre a geração de caixa] contra 4 vezes das australianas."

E as previsões otimistas não envolvem só a Vale, mas o setor de mineração e siderurgia de forma geral.

No fim de abril, o Bank of America divulgou um relatório intitulado "O Rali do minério de ferro está só começando", no qual afirmou que a commodity vive o melhor de dois mundos: preços altos e demanda alta. "Vemos uma força contínua tanto nos preços do aço quanto na demanda para os produtores de aço da América Latina, apoiando os resultados do primeiro trimestre e elevando as perspectivas para o resto de 2021."

Embora os preços altos tenham surpreendido, afirmou o BofA, eles devem se sustentar no terceiro trimestre, com os produtores regionais se beneficiando de preços ainda mais altos no mercado de exportação.

Assim, o banco elevou os preços-alvos para ações do setor, reiterando recomendações de compra para: CSN (CSNA3), cujo preço-alvo foi elevado de R$ 45 para R$ 53; CSN Mineração (CMIN3), com preço-alvo subindo de R$ 10 para R$ 11,50; e Vale, com preço-alvo de US$ 25 para os ADRs (recibos das ações negociados em Nova York).

Petróleo

Além da transição energética, que pode afetar os preços do petróleo no longo prazo, conforme prevê a BlackRock, existem também pontos de atenção no curto prazo.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ainda está segurando a produção de barris para manter o preço do petróleo elevado, enquanto a demanda não volta aos níveis pré-pandemia. Portanto, uma eventual redução nos cortes de produção poderia elevar a oferta no mercado e reduzir os preços.

O BofA cita outro ponto de atenção: os países emergentes. "As tendências de mobilidade na Índia estão apontando para uma grande desaceleração da atividade econômica, uma vez que o país está imerso em uma segunda onda dramática. E o Brasil também. A Índia está preparada para uma grande desaceleração da demanda de petróleo nos próximos três meses [.]. E o Brasil provavelmente ainda está a meses de recuperar uma base econômica sólida."

Para o banco, as imunizações em uma ampla gama de economias emergentes provavelmente ficarão atrás dos EUA e da Europa em pelo menos um ano.

Ainda assim, o BofA acredita que a recuperação do petróleo deve se estender, pelos seguintes fatores: o aumento de demanda sazonal típico do terceiro trimestre, com o verão no Hemisfério Norte, que será intensificado pelas reaberturas nos EUA e na Europa; a tendência de redução do uso de transporte público e aumento nas vendas de carros; e a demanda da China, maior importadora de petróleo do mundo, puxada pelo aumento das vendas de carros, pela recuperação das viagens locais e pela forte produção industrial.

"As importações chinesas de petróleo bruto atingiram uma média de 11,7 milhões de barris por dia em fevereiro e março, um recorde sazonal", diz o relatório do BofA. "O Brent [petróleo usado como referência para a Petrobras] ainda tem um potencial de alta além de US$ 70 por barril, rumo ao pico do verão em 4 de julho, embora um acordo EUA-Irã continue sendo um risco de baixa."

Sobre o último ponto destacado, com uma eventual retomada do acordo nuclear, os EUA podem retirar sanções sobre o Irã, que poderá voltar a exportar mais petróleo e elevar a oferta da commoditiy no mercado global.

Cardoso, da Ohm, também acredita em preços elevados para o petróleo no curto prazo, já que com a vacinação avançada em países da Europa, no Reino Unido e nos EUA, as férias de verão no Hemisfério Norte devem estar garantidas e podem provocar um pico de consumo de gasolina e diesel com a retomada das viagens de carro e de avião.

Em relação ao risco de elevação da oferta da Opep, o analista afirma que a organização tem ajustado a produção a conta-gotas para manter os preços de petróleo em um nível interessante para os países-membros.

"No longo prazo, todo mundo concorda que a tendência é de queda para o petróleo, com a transição energética e maior uso de carros elétricos, mas no médio e curto prazo o preço segue em patamar elevado, com as férias de verão e oferta bem regulada da Opep", diz o analista da OhmResearch.

A Petrobras (PETR3;PETR4) é a ação mais óbvia a se pensar em um contexto de alta do petróleo, mas a maior parte dos analistas ainda tem o pé atrás com a empresa depois da demissão de Roberto Castello Branco e dos comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre os preços dos combustíveis. Ainda assim, bancos como Credit Suisse e BBI enxergam que parte dos riscos já se dissipou e elevaram as recomendações para a estatal de venda para neutra (veja mais).

De todo modo, com as incertezas sobre a Petrobras ainda no radar, analistas recomendam outras ações do setor, como PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3), para investidores que querem surfar na alta do petróleo (veja o quadro de recomendações mais abaixo).

Celulose

Ainda que as análises apontem que o minério de ferro e a Vale são as grandes estrelas do atual ciclo de commodities, também há otimismo com fabricantes de papel e celulose. Empresas do setor têm se beneficiado com a retomada do consumo e o avanço do e-commerce na pandemia, que aumentou a demanda por embalagens.

O BofA tem recomendação de exposição acima da média (overweight) para ações ligadas a papel e celulose, com Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) como os papéis preferidos no setor na América Latina. Os preços-alvos para as ações são de R$ 36 e R$ 99, respectivamente, segundo o relatório divulgado pelo banco no dia 19 de abril.

"Temos dado maior peso às empresas de celulose da América Latina e acreditamos que há catalisadores à frente, mesmo que o preço da celulose provavelmente mostre uma valorização mais lenta nos próximos meses." Esse catalisadores são a retomada da Europa e da China, o potencial para o aumento ainda inicial, mas sincronizado, do PIB global e melhorias no mercado de vestuário.

Para o BofA, o preço da celulose de fibra longa na China pode subir mais US$ 10 por tonelada, dos níveis atuais, para um pico de US$ 790 toneladas em junho. As restrições da cadeia de suprimentos manterão a oferta no mercado restrita [.]. Além disso, a taxa operacional de nosso modelo de oferta/demanda, de 95% ou mais, é muito alta, suportando aumentos de preços."

Gilberto Cardoso concorda que os preços da celulose podem subir ainda, diante do forte desequilíbrio entre oferta e demanda. "Os preços devem seguir elevados com a forte demanda da China por tissue, que é o papel de toalete, lenço de nariz. E com as cadeias operando com estoques muito abaixo da média histórica, qualquer subida na demanda o impacto é direto."

O analista diz que é extremamente otimista com as ações da Suzano, lembrando que a empresa elevou o preço da tonelada da celulose exportada à China em US$ 100 dólares para um recorde histórico de US$ 750. "É uma das maiores empresas do setor no mundo, tem um modelo de negócios fantástico, com supply chain bem equacionado e diversificação geográfica entre Ásia, Américas e Europa, além da considerável exposição à China com tissue. Ao contrário da Klabin, que é mais exposta a papel que à celulose."

O Credit Suisse também afirmou, em relatório do dia 13 de abril, que prefere Suzano à Klabin pela exposição maior da Suzano à celulose e pelos riscos de endividamento elevado da Klabin, em meio aos investimentos em Puma II, a fábrica integrada da empresa no Paraná. O banco suíço tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 86,50 para Suzano e recomendação neutra e preço-alvo de R$ 31,50 para Klabin.

Citando também a oferta restrita, os analistas do Credit dizem que o "forte pricing mometum" da celulose deve persistir até junho e que as ações do setor estão precificando os preços de celulose de fibra longa em US$ 510 a US$ 540 por tonelada, o que abre espaço para uma correção no valor das ações.

Mas preveem um cenário diferente no segundo semestre. "Com o início da sazonalidade mais fraca no período de junho a agosto e a entrada de nova oferta substancial já no quarto trimestre, esperamos que os preços voltem a ficar sob pressão no segundo semestre de 2021", diz o banco suíço.

Igor Lima, gestor de renda variável da Trafalgar Investimentos, já tem uma visão de longo prazo mais positiva com o setor, diante da crescente urbanização da Índia e da China; da tendência de substituição da embalagens de plástico por papelão; e o crescimento do setor de e-commerce, que usa embalagens em papelão.

Ainda assim, a Trafalgar não tem ações do setor na carteira. "Não são players tão óbvios, alguns têm endividamento um pouco elevado - a Suzano, por exemplo, ainda está 'digerindo' a fusão com Fibria. Achamos mais óbvio capturar a alta das commodities via Vale", diz Lima.

Veja a seguir a compilação das recomendações de casas de análises, bancos e corretoras sobre as ações mencionadas ao longo da reportagem. Os dados são do terminal da Refinitiv (ex-Reuters).

Ação*CompraNeutraVendaPreço-alvo (upside**)
3R Petroleum3--R$ 50,67 (+25,42%)
BRF (BRFS3)77-R$ 27,61 (+30.79%)
CSN (CSNA3)101-R$ 39,27 (-22,44%)
CSN Mineração (CMIN3)91-R$ 12,50 (+17,70%)
JBS (JBSS3)132-R$ 39,55 (+26,84%)
Klabin (KLBN11)113-R$ 35,75 (+28,14%)
Marfrig (MFRG3)931R$ 20,54 (+5,12%)
Minerva (BEEF)84-R$ 15,21 (+50,59%)
Petrobras (PETR4)56-R$ 31,45 (+29,00%)
PetroRio (PRIO3)5--R$ 22,76 (+18,73%)
Rumo (RAIL3)141-R$ 26,07 (+22,16%)
SLC Logística (SLCE3)72-R$ 44,93 (-14,08%)
Suzano (SUZB3)921R$ 87 (+29,04%)
Vale (VALE3)820R$ 114,72 (-0,63%)


Fonte: Refinitiv. *Não há recomendações para a Boa Safra porque a empresa acabou de realizar o seu IPO e ainda não tem cobertura de nenhuma instituição. **Potencial de alta sobre a cotação de fechamento da sexta-feira (7). *

Frigoríficos

Outro grupo que se beneficia do cenário por ora, mas pode ter alguma desaceleração em breve são as proteínas.

O BofA destaca que a demanda por carne está superando a oferta na China, o principal importador de proteína animal do mundo. O avanço de 13% na importação de bovinos pelos chineses no primeiro trimestre indica que o país ainda mantém demanda elevada, e o Brasil continua sendo o parceiro mais relevante, com 40% do volume importado de bovinos. "No entanto, como a China continua a reconstruir seu rebanho de suínos e ganhar produtividade, acreditamos que o país deve se afastar do comércio internacional, principalmente de aves e suínos, no segundo semestre".

Mas o banco pondera que o surto de febre suína africana, em 2018, acelerou mudanças estruturais nos hábitos de consumo dos chineses, que passaram a consumir mais carne bovina. Assim, a demanda chinesa deve suportar volumes e preços maiores de bovinos por mais tempo.

Diante desse cenário, o BofA reitera recomendação de compra para JBS, Marfrig e BRF. Em abril, o banco elevou de R$ 40 para R$ 46 o preço para a JBS (JBSS3) e de R$ 22 para R$ 27 para a Marfrig (MRFG3). Já para a BRF (BRFS3), o preço-alvo é de R$ 38.

Além do aumento da importação chinesa de bovinos, o BofA acredita que a retomada da economia brasileira deve dar suporte adicional à demanda. "Embora seja uma notícia positiva para Minerva - 15% da sua receita vem do mercado interno, que está em péssimo estado, dada a pressão de custos e o limitado repasse - as recentes mudanças no monitoramento das exportações de carne bovina argentina são um risco para a empresa."

A Levante Ideias de Investimento comenta que a elevação no preço da soja tem elevado os custos para as empresas de proteína animal. E as empresas mais expostas ao Brasil, como BRF e Minerva (BEEF3), são as que mais sofrem com o aumento dos preços dos grãos.

Os analistas destacam, porém, que as empresas brasileiras mais voltadas à exportação continuarão sendo beneficiadas pelo dólar alto e o aumento da demanda global, citando o crescimento da renda a China, que leva a população a consumir mais proteína, e os estragos da gripe suína africana. "As empresas com negócios conectados ao mercado internacional tiveram bons motivos para lucrar durante os três primeiros meses deste ano, e esse cenário não deve apresentar grandes alterações", diz a Levante.

Marfrig e JBS são os frigoríficos brasileiros mais expostos ao mercado externo, por isso são as ações do setor que mais devem se beneficiar do atual contexto, conforme destacaram recentemente o Credit Suisse e o Bradesco BBI (veja mais no vídeo abaixo).

Outras commodities agrícolas

Mesmo tendo atingido os maiores patamares dos últimos oito anos, os preços do milho não têm afastado o interesse dos compradores. Na quinta-feira (6), o departamento de agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelou que as exportações semanais de milho no país somaram 2,195 milhões de toneladas na semana encerrada em 29 de abril, avanço de 15% sobre a semana anterior. Com a atualização do dado, os EUA passam a ter comprometidos 99% da projeção de exportação ainda faltando alguns meses para o fim da safra.

No caso da soja, a oferta restrita também é o fator chave da alta dos preços. A demanda pelo grão, no entanto, tem como foco a produção de óleo de soja. O produto também tem registrado seguidas altas na Bolsa de Chicago, acompanhando a valorização dos óleos vegetais pelo mundo. No mercado asiático, por exemplo, o óleo de soja negociado na Bolsa de Dalian, na China, teve mais um dia de alta, fechando a semana com ganhos acumulados de 12%.

"Esse cenário de demanda crescente por grãos [no mundo] deve beneficiar os volumes da Rumo, já que as exportações do Brasil devem aumentar", disse o Bradesco BBI em relatório, ao comentar os dados de elevação de preços da soja e do milho em abril. O banco tem recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Rumo (RAIL3) e preço-alvo de R$ 30.

Lima, da Trafalgar, afirma que as commodities agrícolas (ou soft commodities) apresentam algumas das maiores perspectivas de alta do atual 'boom de commodities', apesar de a Bolsa brasileira ter poucas ações com exposição ao setor. Entre os poucos representantes, ele cita a SLC Agrícola [SLCE3], que é produtora de algodão, soja e milho e acumula alta de 98,6% só em 2021.

Mas recentemente o mercado ganhou uma nova opção no setor, a Boa Safra (SOJA3), que estreou na B3 no dia 29 de abril e fechou o primeiro dia de negociação na Bolsa em alta de 46%.

Em entrevista exclusiva ao Stock Pickers, Gustavo Heilberg, gestor da HIX Capital, que ancorou o IPO da companhia e possui 8% do capital da empresa, afirmou que a escassez de ativos ligados ao agronegócio na B3 explica, em parte, o sucesso na estreia da ação. Na avaliação dele, as empresas listadas ou estão mais próximas a setores de infraestrutura, que exigem alto investimento para continuar crescendo, ou atuam diretamente na produção agrícola e são mais expostas às oscilações das cotações de commodities.

Já a Boa Safra, grupo com sede em Formosa (GO), atua na produção e comercialização de sementes de soja, setor ainda muito pulverizado e com alto potencial de consolidação. As estimativas da empresa indicam que os dez maiores produtores de sementes de soja do Brasil possuem apenas 25% do mercado, sendo que a Boa Safra detém uma fatia de 6%.

InfoMoney
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