3 Ações/BDRs para Surfar a Alta dos Mercados de Cobre, Grãos e Madeira Serrada

3 Ações/BDRs para Surfar a Alta dos Mercados de Cobre, Grãos e Madeira Serrada

Por Jesse Cohen/Investing.com

O otimismo cada vez maior com a economia global desencadeou um rali espetacular em diversas matérias-primas neste ano, gerando rumores de que já estamos vivendo um novo superciclo de commodities.

Os preços do cobre atingiram seu nível mais alto em 10 anos, enquanto o milho, a soja o e trigo estão perto das suas máximas de 8 anos. A madeira serrada também disparou no mercado futuro, registrando uma série de fechamentos recordes nas últimas semanas.

De fato, o fundo Invesco DB Commodity Index Tracking (NYSE:DBC), um dos principais ETFs do setor, disparou cerca de 22% até agora no ano, atingindo seu melhor nível desde novembro de 2018. O S&P 500, por outro lado, subiu 11,5% no mesmo período.




Destacamos abaixo três nomes que lideram o setor. Vale a pena ficar de olho nessas empresas por causa da retomada dos preços mundiais das commodities.

1. Freeport-McMoran

  • Desempenho no acumulado do ano: +48,7%;
  • Capitalização de Mercado: US$ 53,6 bilhões.
A Freeport-McMoran (NYSE:FCX) (SA:FCXO34) é uma das maiores mineradoras mundiais com ações negociadas em Bolsa. A companhia tem operações na América do Norte, América do Sul e Indonésia, explorando principalmente cobre, ouro, molibdênio e prata, além de outros metais.

A ação disparou neste ano, saltando quase 50% até agora em 2021, já que a alta dos metais de base atiçou o sentimento dos investidores por essa produtora de matérias-primas. Na comparação anual, os papéis dessa gigante da mineração já se valorizaram 337%.



A Freeport atingiu seu nível mais alto desde novembro de 2012 na terça-feira, antes de fechar perto da máxima da década a US$ 38,69, o que concede à mineradora sediada em Phoenix, Arizona, uma capitalização de mercado de quase US$ 53,6 bilhões.

Como uma das maiores produtoras de cobre do mundo, a empresa se beneficiou da disparada dos preços do metal vermelho, que recentemente superaram o nível de US$ 4,50 pela primeira vez desde março de 2011. Esses preços equivalem a mais que o dobro da sua cotação há um ano, quando os bloqueios gerados pela Covid-19 fizeram o mercado futuro despencar abaixo de US$ 2,20.



O sentimento dos investidores melhorou ainda mais na semana passada, quando a Freeport anunciou resultados bem acima do mesmo período do ano passado, graças aos maiores volumes de vendas e à alta dos preços do cobre.

A mineradora afirmou que registrou um lucro de US$ 0,51 por ação no primeiro trimestre, em comparação com um prejuízo de US$ 0,16 por ação no mesmo trimestre de 2020. Sua receita teve um salto de 74% ano a ano, atingindo US$ 4,85 bilhões, o que marca seu mais forte crescimento de vendas em mais de oito trimestres.

O cobre respondeu por cerca de 80% da receita durante o último trimestre, segundo a Freeport.

Em um sinal de otimismo com o futuro, a Freeport-McMoRan elevou sua meta de vendas de cobre em 2022 de 4,2 para 4,3 bilhões de libras.

Menções honrosas: Southern Copper (NYSE:SCCO), Rio Tinto (NYSE:RIO) (SA:RIOT34) e Valero Energy Corporation (NYSE:VLO) (SA:VLOE34)

2. Weyerhaeuser

  • Desempenho no acumulado do ano: +17,4%;
  • Capitalização de Mercado: US$ 29,2 bilhões.
A Weyerhaeuser (NYSE:WY) (SA:W1YC34), uma das maiores proprietárias de áreas florestais do mundo, é a maior fabricante de madeira serrada de coníferas dos EUA, ocupando a primeira posição na indústria por capacidade de produção. Também é uma das maiores fabricantes de produtos de madeira na América do Norte.

O desempenho das ações dessa empresa do ramo florestal sediada em Seattle, Washington, superou facilmente o mercado mais amplo no ano passado, valorizando-se 200% desde que tocou a mínima de 10 anos a US$ 13,10 em março de 2020. Até agora no ano, seus papéis saltaram mais de 17%, beneficiando-se da alta dos preços da madeira serrada.

Sua cotação atingiu a máxima histórica de US$ 39,87 ontem, antes de fechar a US$ 39,38. Nos níveis atuais, a Weyerhaeuser tem uma capitalização de mercado de US$ 29,2 bilhões.



A Weyerhaeuser, que detém aproximadamente 11 milhões de acres florestais nos EUA e 14 milhões de acres licenciados no Canadá, deve continuar beneficiando-se da melhora dos fundamentos do setor nos próximos meses.

Os preços do recurso natural mais do que triplicaram no ano passado, disparando 350% devido à potente combinação de problemas de cadeia de abastecimento causados pela pandemia e a disparada da demanda do setor de construção, em meio ao boom do mercado imobiliário nos EUA.



A WY divulgará seu balanço do primeiro trimestre na sexta-feira, 30 de abril, antes da abertura dos mercados nos EUA. A estimativa consensual de LPA é de US$ 0,88 sobre uma receita de US$ 2,52 bilhões, uma alta de 389% e 46% respectivamente em relação ao mesmo período do ano passado.

Além dos números de faturamento e resultado, os investidores esperam que a companhia atualize suas projeções para todo o ano, de forma a refletir o impacto positivo dos preços da madeira serrada em seus negócios.

Menções honrosas: West Fraser Timber (NYSE:WFG, Boise Cascade (NYSE:BCC), e Universal Forest Products (NASDAQ:UFPI)

3. Bunge

  • Desempenho no acumulado do ano: +34,7%;
  • Capitalização de Mercado: US$ 12,2 bilhões.
A Bunge Limited (NYSE:BG) é uma das empresas líderes mundiais no setor de alimentos e agronegócio. Sua atividade envolve principalmente compra, armazenamento, transporte, processamento e venda de commodities agrícolas, como soja, milho e trigo, além de canola e sementes de girassol.

Dessa forma, o atual rali nos preços dos grãos terá reflexo positivo na companhia nos próximos meses. O milho futuro atingiu seu nível mais alto desde 2013 no início da semana, enquanto a soja e o trigo também dispararam até os picos plurianuais.



A processadora de grãos e sementes oleaginosas viu suas ações saltarem 123% nos últimos 12 meses, supernado em muito os retornos tanto do Dow Jones Industrial quanto do S&P 500.

A ação registrou novo pico a US$ 88,84 na terça-feira, nível inédito desde julho de 2015, antes de fechar a US$ 88,34, o que lhe concede uma capitalização de mercado de quase US$ 12,2 bilhões.



No início de fevereiro, a Bunge massacrou as estimativas de resultado e receita no quarto trimestre e divulgará seu próximo balanço antes da abertura dos mercados americanos em 4 de maio.

A previsão consensual é que a gigante agrícola apure um LPA de US$ 1,54 no 1º tri, recuperando-se do prejuízo de US$ 1,34 por ação há um ano.

A receita deve ficar em torno de US$ 10,2 bilhões, crescendo 11% sobre vendas de US$ 9,2 bilhões no mesmo período do ano passado, em meio a um forte desempenho nos serviços agrícolas do segmento de grãos e na unidade de sementes oleaginosas.

Levando isso em consideração, a BG deve continuar se valorizando, apesar da forte alta até agora no ano, em vista da sua posição de liderança na indústria mundial de grãos.

Menções honrosas: Archer-Daniels-Midland (NYSE:ADM) (SA:A1DM34), Corteva (NYSE:CTVA) e Deere (NYSE:DE) (SA:DEEC34)

Investing.com
https://br.investing.com/analysis/3-acoesbdrs-para-surfar-a-alta-dos-mercados-de-cobre-graos-e-madeira-serrada-200441618