O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, conversaram sobre a possibilidade de investimentos da empresa no Brasil, em reunião em Nova York, nesta segunda-feira (22).

Uma fonte do governo brasileiro que acompanhou a reunião afirmou que o encontro durou cerca de 30 minutos e foi solicitado pela rede social chinesa. Empresários e líderes do mundo todo se reúnem em Nova York nesta semana para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

O presidente Lula também abordou na conversa com Shou a lei de combate à adultização de crianças na internet, sancionada na última semana, além do projeto sobre regulamentação econômica de redes sociais, enviado ao Congresso neste mês.

Segundo a fonte, o CEO do TikTok demonstrou preocupação com o tema e afirmou estar comprometido em colaborar com a pauta regulatória, destacando também medidas para combater crimes envolvendo menores.

Não houve anúncio de valores nem de projetos específicos, mas o executivo do TikTok teria falado sobre o interesse em realizar investimentos de forma geral e teria citado potenciais projetos relacionados ao Ceará, como a instalação de data centers.

Estiveram presentes na reunião em Nova York o ministro da Educação, Camilo Santana; e Elmano de Freitas (PT), Governador do Ceará. O CEO do TikTok estava acompanhado de duas representantes da empresa.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, também participou do início do encontro, realizado na casa do representante permanente da ONU no Brasil, Sérgio Danese, onde Lula e Janja estão hospedados.

Em maio, a primeira-dama quebrou um protocolo diplomático ao criticar a rede social chinesa durante uma reunião entre o presidente Lula e o presidente chinês Xi Jinping.

Ainda segundo o interlocutor que participou da reunião, não houve menção ao acordo recém-firmado entre Estados Unidos e China para a venda das operações norte-americanas da rede social.

Para integrantes do Planalto, o fato de o TikTok ter pedido a reunião, durante a semana de Assembleia Geral da ONU, demonstra a relevância que a plataforma atribui ao Brasil.

Até o momento, nenhuma outra big tech ou empresa solicitou encontros com o presidente Lula durante a semana de alto nível em Nova York.

CNN Brasil
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