''O Brutalista'', um dos destaques do Oscar 2025, por Eleonora Rosset

Um filme épico longo mas com conteúdo, atores e fotografia esplêndidos! O resultado veio na recente entrega do Oscar, com três estatuetas.

A estátua da Liberdade aparece em cortes, ao som de uma música atordoante. O arquiteto judeu Lazlo Toh chega de navio em Nova York , em 1937, vindo de Budapeste, na Hungria. Eufórico, abraça o primo. A enorme estátua parece voar sobre eles.




"O Brutalista"- "The Brutalist", Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, 2024 - Direção: Brady Corbet; em cartaz nos cinemas de São Paulo, Rio, Curitiba, Salvador, Fortaleza; consulte o site (O BRUTALISTA - Cinemas e Horários - UCI)

O arquiteto era sobrevivente dos campos de concentração na Europa. A liberdade recuperada enche seu peito de esperança. Pensa que um novo lar o espera. Mas nada será como ele sonha.

Ele abraçou o "Brutalismo", ramo do modernismo em arquitetura que influenciou a arte do pós guerra, de 1950 a1970, trabalhando materiais como o concreto bruto e o aço.

O personagem, interpretado por Adrien Brody, era formado pela famosa escola Bauhaus e conjugava os ideais de força e resistência em suas criações. O estilo escolhido transmite o que se passava com o povo judeu, que sofrera tanto com a Segunda Guerra e agora emigrava para a América. Esperavam entrar num paraíso. Mas, na verdade, tais sonhos desmoronavam.

Convidado a projetar um centro comunitário cristão pelo milionário local, Lee von Buren (Guy Pearce), ele o faz mas começa a sofrer pressões. Sua mulher (Felicity Jones) e a sobrinha são resgatadas e chegam da Europa. Mas a megalomania do milionário não o deixa trabalhar como queria.

Brady Corbet, o mais jovem diretor a ser indicado para o Oscar, nos brinda com formas e cores fantásticas. Um cinema épico.

Seu filme foi indicado a 10 Oscars: Melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Adrien Brody), melhor atriz coadjuvante (Felicity Jones), melhor ator coadjuvante (Guy Pearce), roteiro original, direção de arte, trilha sonora, fotografia e montagem.

Levou a estatueta de melhor ator, no segundo Oscar de Adrien Brody (O Pianista, 2002, Roman Polanski), melhor trilha sonora e melhor fotografia.

(O trailer está no meu blog: www.eleonorarosset.com.br)