A Advocacia-Geral da União (AGU) vai acionar o Banco Central (BC) para apurar uma possível divulgação incorreta da cotação do dólar por parte da Big Tech
Quem consultou no Google o valor da cotação do dólar nesta quarta-feira, dia 25, feriado de Natal, viu que a plataforma chegou a informar, em determinado horário, que a moeda norte-americana estava valendo R$ 6,38, apesar de ter fechado na segunda-feira, dia 23, a R$ 6,18. Na quarta, véspera de Natal, o movimento foi fraco e não houve variações.
Procurada durante o feriado por alguns veículos de imprensa, a Big Tech comunicou ao jornal O Globo que os dados em tempo real exibidos na busca vinham de provedores globais terceirizados de dados financeiros. Seria, na verdade, uma espécie de "mercado paralelo" de dólar e outras moedas que funciona em tempo integral, mesmo durante feriados globais.
"Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui", diz a nota, remetendo ao seu link de "disclaimer", onde a plataforma se exime de responsabilidades, como informou ao jornal Valor.
É a terceira vez que o fato ocorre. No começo de novembro (dia 6), o Google já havia apresentado divergências nas cotações da moeda diante do real. À época, a plataforma admitiu o erro e disse que trabalhava para corrigí-lo. Por conta da falha, as cotações do dólar ante o real e a do euro frente ao real foram removidas do buscador. Uma segunda ocorrência do mesmo tipo foi verificada no dia 16 de dezembro, seguida por esta agora, no dia do Natal.
Acompanhando o caso mesmo no feriado, a Advocacia-Geral da União (AGU) avisou que acionará o Banco Central (BC) para apurar uma possível divulgação incorreta da cotação do dólar divulgada pelo Google nesta quarta, segundo divulgou o site UOL.
