A cada dia surgem novas aplicações, nas mais variadas indústrias, concretizando a promessa da IA e da LA generativa de ampliar a produtividade, melhorar a experiência do cliente e a eficiência de processos que envolvem grandes volumes de dados.
Cleber Morais
Diretor Geral da AWS Brasil
O ano de 2024 está terminando e, mesmo em uma era em que as mudanças ocorrem na velocidade de um clique, a Inteligência Artificial (IA) se mantém firme como um tema onipresente. Por quê?
Arrisco uma explicação: se em 2023 as empresas fizeram provas de conceito para entender a aplicabilidade da IA generativa, suas vantagens e desvantagens, em 2024 elas passaram efetivamente a utilizá-la em seus processos. Os usuários finais, que no início testaram os chatbots como uma curiosidade, incorporaram ferramentas úteis em seu dia a dia. A tecnologia provou seu valor em centenas de casos de uso, desde as buscas na internet com resultados mais assertivos, até o cruzamento e análise de dados, passando pela descrição automatizada de produtos no e-commerce e pela detecção de fraudes bancárias. A cada dia surgem novas aplicações, nas mais variadas indústrias, concretizando a promessa da IA e da LA generativa de ampliar a produtividade, melhorar a experiência do cliente e a eficiência de processos que envolvem grandes volumes de dados.
A LA generativa entregou resultados tangíveis e passou no teste. Para a IDC (International Data Group), o mercado está chegando à sua maturidade, e a LA deverá impactar a economia global em US$ 19,9 trilhões até 2030, o equivalente a 3,5% do PIB mundial. Na América Latina, estima-se que os gastos com IA generativa alcancem uma taxa composta de 70% entre 2023 e 2027, tornando-se o segmento de TI de crescimento mais rápido. Para que as previsões se concretizem, o desafio da LA no próximo ano será justamente o de ganhar escala. Com a popularização da tecnologia, caem os custos, um dos empecilhos para a adoção da LA hoje em dia.
A expansão vertiginosa do mercado de LA estimula o crescimento de outro mercado, o de computação em nuvem. A nuvem é a base de toda a transformação que estamos presenciando, pois permite a escala necessária para que os grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) possam processar gigantescos volumes de dados e dar vida à LA generativa. Com crescimento composto estimado em 21% em cinco anos na América Latina, o mercado de nuvem será ultrapassado somente pelo da LA, segundo a IDC.
E estimulante liderar uma empresa de tecnologia de nuvem e LA no Brasil em um momento como esse. Nosso País é criativo, inovador, e pode se destacar ainda mais no contexto global. No entanto, é fundamental enfrentar dois desafios: a qualificação da força de trabalho e a segurança e privacidade dos dados.
Muitas pessoas já exploram a IA por conta própria, seja para apoiá-las nos estudos ou no trabalho. Empresas e órgãos públicos também já se anteciparam na oferta de treinamentos, muitas vezes gratuitos e abertos à participação de qualquer interessado. No entanto, estamos em uma corrida contra o tempo, e por isso é necessário que mais empresas e governos promovam oportunidades de qualificação, oferecendo cursos específicos e direcionados para cada função. Como sabemos, o acesso à LA generativa não se limita a engenheiros e cientistas de dados. Vendedores, profissionais de marketing, analistas de negócios e advogados são apenas alguns exemplos de profissões em que o uso da tecnologia já se faz presente. Em pouco tempo, saber trabalhar com ela será um diferencial em qualquer carreira.
Dominar a ferramenta envolve também a consciência de que a segurança e a privacidade de dados devem ser prioridade para todos, criadores e usuários da LA. Precisamos desenvolver uma mentalidade de dono e agir com responsabilidade em relação aos dados que criamos, acessamos e compartilhamos. A LA só poderá avançar se o caminho se mostrar confiável e seguro, do início ao fim. Assim como a nuvem é a base da IA na camada de infraestrutura, a segurança e o compliance devem ser o pilar na camada de operações.
Há muita coisa no horizonte da LA, e muitas coisas que ainda poderiamos discutir neste espaço. Qual será a profundidade do impacto da IA em nossas vidas? Não me arrisco a responder. Mas faço uma aposta: em poucos anos, a IA será como a energia elétrica e a nuvem são hoje. Ela permeará tudo que fazemos, de maneira orgânica, sem que a gente pare para pensar em toda a tecnologia e infra- estrutura envolvidas no processo.
Arrisco uma explicação: se em 2023 as empresas fizeram provas de conceito para entender a aplicabilidade da IA generativa, suas vantagens e desvantagens, em 2024 elas passaram efetivamente a utilizá-la em seus processos. Os usuários finais, que no início testaram os chatbots como uma curiosidade, incorporaram ferramentas úteis em seu dia a dia. A tecnologia provou seu valor em centenas de casos de uso, desde as buscas na internet com resultados mais assertivos, até o cruzamento e análise de dados, passando pela descrição automatizada de produtos no e-commerce e pela detecção de fraudes bancárias. A cada dia surgem novas aplicações, nas mais variadas indústrias, concretizando a promessa da IA e da LA generativa de ampliar a produtividade, melhorar a experiência do cliente e a eficiência de processos que envolvem grandes volumes de dados.
A LA generativa entregou resultados tangíveis e passou no teste. Para a IDC (International Data Group), o mercado está chegando à sua maturidade, e a LA deverá impactar a economia global em US$ 19,9 trilhões até 2030, o equivalente a 3,5% do PIB mundial. Na América Latina, estima-se que os gastos com IA generativa alcancem uma taxa composta de 70% entre 2023 e 2027, tornando-se o segmento de TI de crescimento mais rápido. Para que as previsões se concretizem, o desafio da LA no próximo ano será justamente o de ganhar escala. Com a popularização da tecnologia, caem os custos, um dos empecilhos para a adoção da LA hoje em dia.
A expansão vertiginosa do mercado de LA estimula o crescimento de outro mercado, o de computação em nuvem. A nuvem é a base de toda a transformação que estamos presenciando, pois permite a escala necessária para que os grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) possam processar gigantescos volumes de dados e dar vida à LA generativa. Com crescimento composto estimado em 21% em cinco anos na América Latina, o mercado de nuvem será ultrapassado somente pelo da LA, segundo a IDC.
E estimulante liderar uma empresa de tecnologia de nuvem e LA no Brasil em um momento como esse. Nosso País é criativo, inovador, e pode se destacar ainda mais no contexto global. No entanto, é fundamental enfrentar dois desafios: a qualificação da força de trabalho e a segurança e privacidade dos dados.
Muitas pessoas já exploram a IA por conta própria, seja para apoiá-las nos estudos ou no trabalho. Empresas e órgãos públicos também já se anteciparam na oferta de treinamentos, muitas vezes gratuitos e abertos à participação de qualquer interessado. No entanto, estamos em uma corrida contra o tempo, e por isso é necessário que mais empresas e governos promovam oportunidades de qualificação, oferecendo cursos específicos e direcionados para cada função. Como sabemos, o acesso à LA generativa não se limita a engenheiros e cientistas de dados. Vendedores, profissionais de marketing, analistas de negócios e advogados são apenas alguns exemplos de profissões em que o uso da tecnologia já se faz presente. Em pouco tempo, saber trabalhar com ela será um diferencial em qualquer carreira.
Dominar a ferramenta envolve também a consciência de que a segurança e a privacidade de dados devem ser prioridade para todos, criadores e usuários da LA. Precisamos desenvolver uma mentalidade de dono e agir com responsabilidade em relação aos dados que criamos, acessamos e compartilhamos. A LA só poderá avançar se o caminho se mostrar confiável e seguro, do início ao fim. Assim como a nuvem é a base da IA na camada de infraestrutura, a segurança e o compliance devem ser o pilar na camada de operações.
Há muita coisa no horizonte da LA, e muitas coisas que ainda poderiamos discutir neste espaço. Qual será a profundidade do impacto da IA em nossas vidas? Não me arrisco a responder. Mas faço uma aposta: em poucos anos, a IA será como a energia elétrica e a nuvem são hoje. Ela permeará tudo que fazemos, de maneira orgânica, sem que a gente pare para pensar em toda a tecnologia e infra- estrutura envolvidas no processo.
Cleber Morais - Istoé Dinheiro