Imagem: Divulgação
Guilherme Boulos (PSOL) dá entrevista ao SP1; veja íntegra

Guilherme Boulos (PSOL) dá entrevista ao SP1; veja íntegra

Ao SP1, Boulos promete criar CEUS profissionais para jovens, rever pagamento obrigatório de servidores inativos e diz que Venezuela vive regime ditatorial




Guilherme Boulos foi o quarto ouvido na série de entrevista que o telejornal SP1 promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano.

O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, disse nesta quinta-feira (26) que pretende criar Centros Educacionais Unificados (CEUs) profissionais, para qualificação de jovens acima de 15 anos para o mercado de trabalho da cidade.

Segundo o psolista, caso seja eleito, serão construídas unidades desse tipo de escolas em várias regiões da capital paulista.

Boulos também prometeu que vai transformar todas as escolas municipais da prefeitura de São Paulo em unidades de ensino integral.

"O CEU profissões que nós vamos fazer agora é CEU 2.0, a partir dos 15 anos, para formar jovens para o mercado de trabalho. O CEU Profissões vai custar R$ 1 bilhão e duzentos milhões. Nós vamos fazer o wi-fi livre ali, vai ter estúdio de audiovisual, ilhas de edição, curso de Economia digital, robótica, inteligência artificial, designer e programação", disse.

"Serão cursos de serviços para onde falta mão de obra qualificada hoje na cidade como moda turismo gastronomia para o jovem da Periferia ter a mesma oportunidade que o jovem que tem dinheiro na cidade. Isso é papel da prefeitura eu estou entre aqueles, Alan, só se me permite: tem gente que gosta quando o jovem vai para um caminho errado pra droga pro crime de apontar o dedo, depois eu prefiro estender a mão antes e dá uma oportunidade com formação profissional, educação, cultura e esporte é isso que eu vou fazer como prefeito", explicou.

Venezuela


Durante a sabatina, ele também comentou sobre a situação da Venezuela, e definiu o regime político como ditatorial.

"Um regime que persegue opositor, um regime que faz eleição sem transparência, para mim não é democrático e ponto. [É ditadura?] Lógico, é um regime ditatorial. Mas seria importante que meus adversários, a mesma preocupação que têm em relação à democracia na Venezuela, tivessem tido no Brasil, quando o Bolsonaro ficou ameaçando a urna eletrônica, tentou dar golpe no dia 8 de janeiro e o Ricardo Nunes disse que foi só uma manifestaçãozinha, não foi golpe."

Nesta semana, telejornal realiza sabatina com os cinco candidatos mais bem colocados na disputa segundo última pesquisa Datafolha.

Boulos foi o quarto ouvido na série de entrevista que o telejornal SP1 promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano.

No encontro, o candidato do PSOL também afirmou que pretende colocar pelo menos um psicólogo em todas as unidades escolares do município nos quatro anos em que ficará à frente do Executivo Municipal, caso seja eleito em outubro.

"Tivemos um retrocesso brutal pra um prefeito que não cuida da educação. Vou valorizar professor, garantir valorização de professor, vou botar já no ano que vem psicólogos em todas as escolas municipais, EMEI´s e EMEF´s que é o que a prefeitura pode cuidar. Psicólogo muda. Vou cuidar dos alunos autistas e alunos com deficiência que hoje estão largados, fazendo educação inclusiva, tendo auxiliares, podendo ter esse atendimento e vou criar a condições para que a gente tenha a partir do segundo ano a educação integral começando pelas regiões onde o IDH é menor", declarou.

Servidores inativos


O candidato do PSOL também disse que vai acabar com o desconto previdenciário de servidores inativos da capital paulista, aprovado na Câmara Municipal durante a gestão João Doria (PSDB) e com alíquota ampliada durante a gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Em 2021, a Reforma da Previdência enviada por Nunes para a Câmara estipulou que os descontos de previdência dos servidores inativos sejam de 14% a 22%, dependendo do valor do salário de cada servidor, começando por quem ganha o mínimo de um salário-mínimo.

Na gestão de João Doria - que criou esse desconto em folha de pagamento - só pagava a contribuição quem ganhava acima de R$ 6.433.

"Tenho claro que não existe serviço público bom na ponta, que atenda as pessoas bem, sem o servidor valorizado. Por isso, vou valorizar o que o Ricardo Nunes não fez, a começar por acabar com o confisco absurdo de 14% dos servidores aposentados. Esse é um compromisso meu. Ricardo Nunes fez essa crueldade à frente da prefeitura", declarou Boulos.


G1