Projeto inédito da ISA Cteep em Registro (SP), implementado pela You.On Energy, é a iniciativa mais citada pelo mercado para mostrar que os sistemas de armazenamento em baterias estão prontos para participar dos leilões
por Cyro Fiuza
A regulamentação dos sistemas de armazenamento em baterias deverá sair até o final deste ano, confirmou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, durante sua participação na Intersolar South America em São Paulo, na semana passada.
Conforme o diretor da Aneel já havia adiantado em entrevistas no início de junho - quando o setor ainda contava com a realização do Leilão de Reserva de Capacidade por Potência para o dia 30 de agosto -, a regulamentação terá três pontos a serem cumpridos.
"Vamos regulamentar três pontos: a questão do acesso ao Cust (Contrato de Uso do Sistema de Transmissão), o tipo de outorga que será, e a primeira premissa que a gente parte é que bateria não gera energia, então não temos que ver se será uma outorga de armazenamento. E a terceira é o empilhamento de receita, já que as baterias podem ter mais de uma função e receber mais de uma receita", disse RicardoTilli na ocasião ao jornal Valor, durante o Congresso de Inovação na Distribuição de Energia Elétrica (Cide).
A regulamentação dos sistemas de armazenamento em baterias deverá sair até o final deste ano, confirmou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, durante sua participação na Intersolar South America em São Paulo, na semana passada.
Conforme o diretor da Aneel já havia adiantado em entrevistas no início de junho - quando o setor ainda contava com a realização do Leilão de Reserva de Capacidade por Potência para o dia 30 de agosto -, a regulamentação terá três pontos a serem cumpridos.
"Vamos regulamentar três pontos: a questão do acesso ao Cust (Contrato de Uso do Sistema de Transmissão), o tipo de outorga que será, e a primeira premissa que a gente parte é que bateria não gera energia, então não temos que ver se será uma outorga de armazenamento. E a terceira é o empilhamento de receita, já que as baterias podem ter mais de uma função e receber mais de uma receita", disse RicardoTilli na ocasião ao jornal Valor, durante o Congresso de Inovação na Distribuição de Energia Elétrica (Cide).
Usina Termopernambuco, da neoenergia - Divulgação
Já na Intersolar da semana passada, Fernando Mosna, outro diretor da Agência, afirmou que a regulamentação não é um pré-requisito para o avanço do mercado de armazenamento de energia. Mosna citou como exemplo a solução empregada pela ISA Cteep em Registro, no litoral sul paulista, implementada pela You.On Energy. Ele afirmou que, ao dar segurança regulatória, abre-se caminho para fazer com que o capital seja aportado, operação necessária para que o investidor tenha mais segurança para entrar no negócio.
O leilão de contratação de reserva de potência que o governo pretende realizar ainda este ano para aumentar a segurança do sistema enfrenta obstáculos a serem superados, conforme retratou reportagem do Valor do último dia 30 de agosto. Segundo a matéria, será preciso definir regras e estabelecer o montante a ser contratado para, depois, decidir quais fontes participarão - térmicas e hidrelétricas, e se os sistemas de baterias também concorrerão.
O processo ainda tem de passar pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Sistema (ONS), Ministério de Minas e Energia, Aneel e ANP. Se acontecer a entrada das termelétricas a gás natural, a Agência Nacional de Petróleo também terá que participar das conversas.