Prêmio Nossa elege os melhores restaurantes italianos de São Paulo

Prêmio Nossa elege os melhores restaurantes italianos de São Paulo

O tempo em que os restaurantes italianos de São Paulo se dividiam em dois passou. Agora, as opções vão além das típicas cantinas, com direito a toalha xadrez e muita fartura, e dos endereços clássicos de alta gastronomia, com ambientes dignos de terno e salto alto.

Nos últimos anos, foram inaugurados pela cidade estabelecimentos que unem um pouco de cada um dos mundos. A mistura da informalidade no serviço à seriedade nos preparos dá molho. A sorte é dos paulistanos, que podem alimentar a sua paixão pela culinária italiana em cada vez mais ocasiões.

As quatro campeãs do Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes, na categoria Melhor Restaurante Italiano, representam essa diversidade.

O Prêmio Nossa é a eleição dos melhores bares e restaurantes de São Paulo, eleitos por um júri de 40 pessoas composto por jornalistas e especialistas do setor, influenciadores com foco em gastronomia e celebridades que amam circular pela cidade. Oito categorias também tiveram votação popular. Toda semana, até agosto, revelamos vencedores dos prêmios antecipados: conheça os bares e restaurantes campeões aqui.

Quatro funcionários mais o casal de proprietários: o chef romano Marco Renzetti e a sommelière, Erika Andrade. Essa é a micro equipe que faz do Fame o Melhor Restaurante Italiano de São Paulo.

Discreto, o estabelecimento fica num sobrado da Rua Oscar Freire. Uma vez por noite, 25 pessoas - no máximo - passam pela portinha de ferro, sobem as escadas e chegam ao salão para provar o menu degustação de onze fases.

Cada prato é desenhado no dia, de acordo não só com o frescor dos ingredientes, mas também com a vontade do chef - algo que só quem comandou por treze anos outra casa que marcou a história da cidade, a Osteria Del Petirosso, pode bancar.

Agora livre das amarras do serviço à la carte, Marco cria receitas que extrapolam os limites da escola italiana e divide as etapas entre produtos que vêm do mar e da terra.

Preparos como o cavatelli com ragu de garoupa e o tonnarelli com ovas e anchova vão a todas as mesas simultaneamente. Assim, a brigada pode se concentrar em expedi-los com o máximo de cuidado.

Tal zelo, aliás, chega à seleção de vinhos, cujos rótulos poucos comerciais, produzidos em número limitado por pequenos produtores, são raridade até para os mais viajados e aficionados.




Fame

Rua Oscar Freire, 216, Jardim Paulista.
@fame_osteria

A busca pelo essencial é o que leva o Shihoma a se destacar numa cidade com restaurantes italianos de sobra. Preparada diariamente com técnica e disciplina, a massa fresca é combinada a recheios e molhos que valorizam o sabor dos insumos trazidos dos arredores de São Paulo.

Cada escolha é estrategicamente calculada. Ao seguir a cartilha oriental temomi, por exemplo, o espaguete ganha ondulação e adere com mais facilidade ao molho de aliche, manteiga e pistache. Já o raviolo é recheado na hora que o cliente faz o pedido. Além de ricota e espinafre, a massa abriga também uma gema de ovo, que escorre de maneira cinematográfica até se juntar à manteiga e à sálvia.

Antes de ir embora, o público prova o tiramisu e considera levar as opções de macarrão prontos para finalizar em casa. Desde o começo do ano, porém, a demanda fez o braço de pastifício crescer. Agora, é preciso andar cinco minutinhos até o Shihoma Deli para escolher quais produtos colocar na sacola.



Shihoma

Rua Medeiros de Albuquerque, 431, Vila Madalena.
@pastashihoma

Aberto há mais de 40 anos, o Fasano mantém como poucos a boa reputação. Entre os legados estão a inauguração de um nível de hospitalidade até então inexplorado no Brasil e o pioneirismo na busca por ingredientes especiais - caso da trufa branca.

Desde 2003, o restaurateur Gero Fasano, o chef italiano Luca Gozzani e o sommelier Manoel Beato recebem a nata paulistana dentro do hotel homônimo, no imponente salão de pé-direito alto projetado pelos arquitetos Isay Weinfield e Marcio Kogan.

O menu exibe pratos clássicos da culinária italiana com toques modernos do chef. Exemplos são o tortelli de vitelo ao creme de parmesão e molho roti, o risoto de lagosta com açafrão e queijo pecorino e o carré de cordeiro servido ao lado de fregola com cogumelo e cebola queimada.

A pedida quase unânime, no entanto, está na ala de sobremesas. Montado na hora, o tiramisu que Luca aprendeu com a avó apresenta equilíbrio e leveza sem fim. Não à toa é um dos mais desejados da cidade.


Fasano

Rua Vitório Fasano, 88 (Hotel Fasano), Jardim Paulista.
@fasano

O estabelecimento que pertence ao bem-sucedido Grupo Fasano foi criado em 1994 para funcionar como uma versão mais arrojada do Fasano. Ainda que nem tão cheio de pompas quanto o 'irmão mais velho', o Gero esbanja sofisticação e foi eleito pelo público como o Melhor Italiano de São Paulo.

A equipe recebe com simpatia os clientes que se sentam nas mesas de toalhas brancas e vão em busca de massas frescas como a lasanha verde à bolonhesa ou de risotos al dente, que podem levar entre os ingredientes abóbora e camarão.

As carnes também demonstram a qualidade da equipe que comanda os fogões. O ossobuco, guarnecido por risoto de açafrão, desmancha-se com facilidade ao toque do garfo. Nas sobremesas, reinam os doces clássicos da Itália. É o caso da panna cotta de baunilha que recebe calda de morango. Além da matriz nos Jardins, projetada pelo arquiteto Aurélio Martinez Flores, há uma unidade na Rua Pedroso Alvarenga, 706, no Itaim Bibi.



Gero

Rua Haddock Lobo, 1629, Jardim Paulista.
@fasano

Uol
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