Obra Arco Iris de Toyota - Performance de Emilie Sugai | Imagem: Yeda Saigh
Geminiani Momesso, um parque que não para de crescer, por Yeda Saigh

Geminiani Momesso, um parque que não para de crescer, por Yeda Saigh

Fui pela segunda vez no Parque Geminiani Momesso para a inauguração da obra do consagrado artista Yutaka Toyota, Arco-Iris, lançada há 28 anos no Japão, para celebrar o Centenário do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão. O Parque Geminiani Momesso, próximo a Londrina, no Paraná, recebeu sua obra homônima nessa ode à amizade e à arte.

O Parque faz parte do Instituto Luciano Momesso - ILM, instituição sem fins lucrativos, e ocupa uma área de um milhão trezentos e cinquenta e cinco mil metros quadrados que foram recuperados com centenas de espécies da Mata Atlântica, integrando-se à diversidade de fauna e ao épico externo que vai inserir os apreciadores ao âmago de si e dos trabalhadores da arte.

Fiquei novamente maravilhada!!! No dia da inauguração e passeando por lá, percebi que é um projeto sem fim: Orandi tem planos de construir mais 10 pavilhões, fora os dois já existentes. O Parque já tem 60 esculturas e ele pretende colocar mais um número interminável de obras.


Escultura Siron Franco - Menina na Escada
Foto Yeda Saigh

Orandi Geminiani Momesso tem uma coleção de arte brasileira de 5.000 obras e é o criador dessa imensa obra, sonho de uma vida!


Escultura Nicolas Vlavianos - Grande Mandala
Foto Yeda Saigh

Ele começou a construir o parque em 1980 e todas as esculturas estão muito bem colocadas ao longo dos caminhos pavimentados, e de várias lindas pontes de madeira.


Orandi passeando peloParque
Foto Yeda Saigh

O paisagismo, criado por Rodolfo Geiser, é realmente muito bonito. Fica difícil imaginar, ao ver o parque hoje, que antes era uma imensa plantação de soja! Orandi é um homem especial, realiza tudo com muito capricho; é, de fato, a obra de sua vida!


Escultura Victor Brecheret - Depois do Banho
Foto Yeda Saigh

Cada árvore plantada terá um QR code e todas foram catalogadas. Basta aproximar o seu celular para descobrir o nome e a espécie da árvore! Todas as esculturas são identificadas com placas ao lado. É muito agradável passear pelo parque; as vistas são lindas.


Esculturas Raphael Galvez -Luiz Sacilotto - Concreção, Rubens Valentim - Totem Ecumênico, Brenan
Foto Yeda Saigh

Orandi tem vários projetos, e um deles é construir um hotel. O local já está escolhido, no alto de uma montanha com vista para o Tibagi, um rio encantador e o mais importante da região. Além disso, ele planeja abrir um café próximo a um dos pavilhões.


Esculturas Bruno Giorgi, Victor Brecheret, Raphael Galvez, Sonia Siebling
Foto Yeda Saigh

Outro projeto envolve a construção subterrânea para abrigar sua importante coleção de urnas funerárias e pias batismais indígenas. A ideia é posicionar as urnas, que representam a morte, na parte escura, e as pias, que simbolizam a vida, na área iluminada. Uma interpretação que ele compartilhou comigo e que achei bem interessante é que as urnas simbolizam nossos indígenas, enquanto
que as pias representam os europeus e a religião católica.


Esculturas Sérvulo Esmeraldo - Marco Paulo Rolla - O Nascimento do Amor
Foto Yeda Saigh


Esculturas Francisco Stockinger - Orandi na Capela de Karin Lambrecht
Foto Yeda Saigh


Esculturas Francisco Stockinger -
Foto Yeda Saigh


Esculturas Francisco Stockinger
Foto Yeda Saigh


Escultura Caíto - Luiz Carlos Martinho da Silva
Foto Yeda Saigh


Pavilhoēs


1-Angelo Venosa, um pavilhão para uma escultura muito grande do escultor toda de concreto e vidro com uma vista maravilhosa para o parque, com obras de:
a-Iberê Camargo
b-Ernesto Fiori
c-Ivan Serpa fase negra e
c- 3 obras do Goeldi

Na Marquise do pavilhão tem duas obras de Ernesto de Fiori - homem caminhando e mulher em pé.


Pavilhão Angelo Venosa
Foto Yeda Saigh

Casa Taipa- obras de


a-Liuba Wof
b-Paulo Monteiro
c-Stockinger


Casa de Taipa
Foto Internet

Pavilhões em Projeto


1-Raphael Galvez
2-Urnas e Pias Batismais
3-Capela Ecumênica
4-Povos Originários
5-Pavilhão do Sagrado
6-Iole de Freitas
7-Mobiliário
8- A mão do Brasil


Foto 15 - Parque Orandi
Foto Yeda Saigh


Para finalizar dois poemas do poeta paranaense Paulo Leminski:

"pelos caminhos
que ando
um dia vai ser
só não sei quando"

"nada se leva. A
não ser a vida
levada que a
gente leva."

Boa Viagem!!