O tradicional estádio do Pacaembu, cartão-postal da cidade de São Paulo, passará a se chamar "Mercado Livre Arena Pacaembu". A multinacional do ramo de comércio eletrônico e o consórcio Allegra Pacaembu anunciaram nesta quarta-feira, dia 31, um acordo de "naming rights" em valores que ultrapassam a casa de R$ 1 bilhão, para um contrato que se estenderá por 30 anos.
Na prática, o negócio fechado entre Allegra e ML prevê cinco anos renováveis sempre para mais cinco, mas com a intenção de fazer o contrato chegar aos 30 anos, conforme declararam os dirigentes nesta quarta-feira à imprensa. Se atingir o período previsto, a receita do estádio terá uma média recorde anual de R$ 33 milhões.
A fachada do estádio continuará exibindo a inscrição "Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho" -nome que o local ganhou em 1961 em homenagem ao jornalista que chefiou a delegação brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1958. O espaço é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
Cedido em concessão à iniciativa privada no início de 2020, o Pacaembu está em obras desde 2021. O plano era reabri-lo para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior no dia 25 de janeiro - aniversário de 470 anos da cidade de São Paulo. Atrasos no cronograma das reformas, porém, impediram a realização do jogo entre Corinthians e Novo Horizontino, com o Alvinegro levando o título de 2024.
O acordo oficializado também no mês de janeiro entre o São Paulo e a Mondelez, fabricante do chocolate BIS, chegará a R$ 75 milhões - uma média anual de R$ 25 milhões durante os três anos de contrato fechado.
Os acordos em vigor da Allianz Seguros e da Hypera Pharma nas arenas de Palmeiras e Corinthians são mais longos do que o fechado pelo São Paulo e giram em torno de R$ 300 milhões cada, mas por um período de 20 anos, o que dá uma média de faturamento de R$ 15 milhões/ano.