Os candidatos Sergio Massa (Unión por la Patria) e Javier Milei (La Libertad Avanza) protagonizaram um debate realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, na noite deste domingo, dia 12. A uma semana do pleito que escolherá o próximo presidente argentino, desta vez o encontro despertou o interesse do público, já que a transmissão ao vivo alcançou 47 pontos de audiência na TV.
Para o jornal Clarín, "Sérgio Massa sacou vantagem diante de um Javier Milei que não aproveitou a enorme crise que deixa o (atual) governo.
Já o La Nación fez uma enquete com seus jornalistas especializados em política assim que terminou o debate. Por unanimidade, os 12 profissionais ouvidos deram vitória (no debate) por larga margem ao candidato situacionista, Sérgio Massa. Mas também destacaram a falta de profundidade do duelo entre os dois, que perderam a oportunidade de explicitar suas plataformas de governo mais preocupados que estavam em atacar um ao outro.
Para um desses profissionais, Carlos Pani, "O ministro da Economia demonstrou ter preparado muito bem seus argumentos... e também ter feito uma radiografia minuciosa das fraquezas de Javier Milei".
Já a jornalista Gail Scriven, avaliou que, como político mais experiente, Sergio Massa demonstrou claramente estar mais preparado com seus ataques, dados e gestos. Apelou sem dissimular para a campanha do medo (das promessas de Milei) e teve sucesso em incomodar o oposicionista durante quase todo o debate, deixando-o na defensiva até em assuntos onde Massa teria mais dificuldade em falar, como a (crise) na economia".
Jorge Liotti analisou que "destacou-se claramente o ministro, que até se deu ao luxo de impor um 'interrogatório' econômico a Milei do qual o deputado não soube se safar. Surpreendeu que este não cobrou de Massa os custos devidos à inflação, à falta de reservas e à pobreza" que assola o país.
O site Poder 360 publicou há alguns dias que a equipe de estratégias da campanha do peronista Sergio Massa, que é o candidato apoiado pelo atual presidente Alberto Fernández, conta com marqueteiros brasileiros que já trabalharam em campanhas do PT. São eles Chico Kertész, que trabalhou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, mais Otávio Antunes, Raul Rabelo e Halley Arrais. Ao site, Chico Kertész declarou, após a realização do primeiro turno, em outubro, que a estratégia para o segundo turno, marcado para este domingo, dia 19, seria focar na rejeição do candidato Javier Milei.
