Imagem: Divulgação Defesa Civil SP
Temporal de sexta causa estragos na capital paulista e afeta fornecimento de energia

Temporal de sexta causa estragos na capital paulista e afeta fornecimento de energia

ENEL tem divulgado comunicados para a população, mas normalização de toda a rede só acontecerá totalmente na próxima terça-feira

O forte temporal que caiu na sexta-feira, dia 3, na capital paulista, afetou o fornecimento de energia elétrica em todas as regiões da cidade e também em 23 municípios, caso de Santo André, Limeira, Taboão da Serra e Embu Guaçu. Neste domingo, dia 5, ainda são vários os relatos de moradores de bairros de São Paulo que estão sem energia elétrica há mais de 35 horas.



Reprodução TV Record

A ENEL, concessionaria que atende a capital, tem comunicado por sua central de atendimento e também pelas redes sociais que até este sábado, 400 mil logradouros já tinham tido seus serviços restabelecidos. Mas o total de clientes é de 1,4 milhão de clientes, e os relatos de que o serviço de atendimento da concessionária está inoperante se multiplicam nas redes.

Segundo a ENEL, o vendaval que acompanhou o forte temporal de sexta foi o mais forte registrado em sua área de concessão nos últimos anos e atingiu de forma severa a rede de distribuição de energia. A empresa afirma que as equipes trabalham 24 horas para reconstruir os trechos destruídos.

O prefeito Ricardo Nunes esteve na companhia na tarde deste sábado, dia 4. "A gente acabou de sair do centro de operações da ENEL e estamos voltando para as ruas para acompanhar os trabalhos de nossas equipes. Foi um negócio muito complexo que aconteceu, São Paulo não registrava rajadas de vento com mais de 100 km/h como a que atingiu a capital desde o ano de 1995", relatou ele em sua conta no Instagram.


Divulgação Enel

"Para a gente ter uma ideia do que aconteceu, só no Parque do Ibirapuera caíram 128 árvores. Foi um evento extraordinário e estamos aqui trabalhando para restabelecermos o quanto antes", disse ele aos jornalistas. De acordo com o prefeito, 1.470 funcionários foram destacados para atuar na área de corte e poda de árvores e 1.900 no serviço de limpeza.

A tragédia que se abateu sobre a cidade não se restringiu à queda de centenas de árvores e ao corte do fornecimento de energia. Seis pessoas morreram em decorrência do temporal e da ventania da última sexta, atingidas por árvores enquanto caminhavam ou mesmo dentro de seus carros. Uma vítima foi atingida pela queda de um muro.

Repetição de tragédias


Enquanto conta os prejuízos e lamenta as mortes, São Paulo tem a repetição de uma tragédia ambiental como a que ocorreu, em janeiro, no litoral norte paulista, quando o número de vítimas infelizmente foi bem maior. São dois exemplos de como a cidade (e o Estado de SP) terão que repensar o contingenciamento para quando ocorrerem fortes chuvas, ventanias e deslizamentos de terra, mata e encostas.

Quanto à concessionária ENEL, está claro que sozinha não conseguirá resolver os problemas de fornecimento de energia. A cidade precisará desenvolver novos modelos de utilização de energia sustentável para que, no final da linha, não sobre para a população se privar de um serviço que é imprescindível para todos.