A data centenária foi celebrada neste domingo, dia 13, com o luxuoso hotel ainda hospedando autoridades e celebridades de todas as partes do mundo
O mais famoso hotel do Brasil, o Copacabana Palace, foi inaugurado em agosto de 1923, na praia de Copacabana, e desde então passou a ser o símbolo do glamour para estrangeiros abastados que visitam todos os anos o Rio de Janeiro. Ao longo desses 100 anos, comemorados neste domingo, dia 13, o luxuoso estabelecimento à beira da praia hospedou reis, presidentes, princesas, astros pops e dos esportes, além de ser palco de bailes, festas de reveillon e desfiles inesquecíveis.
Concebido a partir de uma ideia do presidente Epitácio Pessoa (1865-1942) - que sugeriu ao empresário Octávio Guinle (1886-1968) construir um hotel que ficasse pronto para receber os convidados da celebração do centenário da declaração da Independência do Brasil -, o Copacabana Palace atravessou décadas de luxo e riqueza, mas também experimentou a decadência.
Jorginho Guinle, em foto tirada no hotel, foi celebridade, milionário, playboy e, no fim da vida, "relações públicas" do Copa - Wikipédia
A figura que mais marcou todas as fases da magnitude e queda de prestígio do Copa foi sem dúvida a de Jorginho Guinle, notório playboy carioca sobrinho do fundador Octávio Guinle. Dono de uma fortuna estimada em US$ 100 milhões, Jorginho terminou seus dias como um "relações públicas" do hotel, onde passou a morar por conta dos novos donos.
Contada pelo próprio, a história é que ele planejara viver até os 80 anos; só não contava que passaria dessa idade - morreu em 2004, aos 88 anos - e que o dinheiro acabaria. Os hóspedes, é claro, adoravam essa e outras histórias de quem foi amigo de personalidades como Nelson Rockfeller, Marylin Monroe, Rita Hayworth e Jayne Mansfield. Sobre as estrelas de Hollywood, por exemplo, Jorginho afirmava ter namorado todas elas.
A volta à era de ouro do Copa começou em 1989, quando a empresa de origem inglesa Orient-Express Hotels, dos famosos trens Orient-Express, comprou o empreendimento. A companhia, rebatizada de Belmont, integra hoje o conglomerado francês LVMH, de Bernard Arnault, considerado o homem mais rico do mundo.
O prestígio atual do Copa pode ser medido pelo valor da estadia em suas dependências. Durante a semana e em quarto mais simples, uma acomodação para uma ou duas pessoas custa a partir de R$ 2,4 mil por dia (mais taxas). Se o hóspede fizer questão de enxergar o mar, a diária passa a custar a partir de R$ 3,5 mil (vista parcial) ou R$ 4,1 mil (de frente para a praia).
