Essa série vale a pena ser vista principalmente pela atuação da atriz principal, Maite Perroni, que também é cantora. Ela interpreta as três irmãs gêmeas. Versátil e talentosa, ela consegue convencer como três pessoas muito diferentes.
O roteiro inspirou-se num caso real que aconteceu nos Estados Unidos, quando três meninos gêmeos foram separados alguns dias depois de nascidos. Tratava-se de um experimento de um psicólogo nada ético. Casais de diferentes níveis sociais, que esperavam na fila de adoção de uma agência importante, acolheram os gêmeos sem saber nada sobre o experimento.
A ideia era constatar como evoluíram cada um dos gêmeos em ambientes diferentes e o mesmo DNA. Esse caso foi objeto de um documentário em 2018, "Three Identical Strangers".
Mas o roteiro da série pouco tem a ver com esse documentário. Apenas copia a existência dos gêmeos que nada sabiam sobre os irmãos.
A primeira gêmea que aparece é Rebecca, uma especialista forense que atende a um caso de sequestro. Ela se assusta com a semelhança de uma mulher baleada com ela mesma. Eram idênticas.
Rebecca consegue descobrir que a mulher baleada tinha nascido no mesmo dia que ela. E começa a pesquisar sobre sua vida. Mas sua maior surpresa foi descobrir mais uma gêmea, Tamara, que trabalhava num bar onde mulheres seminuas se exibiam na "pole dance".
Com esses elementos, prejudicados por um roteiro confuso, "Três Vidas" é apenas distração. Os personagens são rasos e há cenas que são cortadas por outras, sem nenhuma explicação. O melhor episódio é o último, que amarra melhor os pontos duvidosos da história.
São oito episódios que, apesar das falhas, fazem de "Três Vidas" um bom entretenimento.
(O trailer está no meu blog www.eleonorarosset.com.br )