O termo referente à acusação pode ser traduzido ao pé da letra por "lavagem verde", e é adotado para companhias que apresentem estratégias de propaganda enganosa com relação às suas reduções de emissões de gases. Pode ser praticada não apenas por empresas como também por organizações não governamentais (ONGs) e governos.

A denúncia foi oficializada junto à SEC pelo Mighty Earth, um grupo ambiental formado por advogados. A alegação para a acusação é que a JBS cometeu o "greenwashing" com o lançamento de "bonds" em 2021, títulos da dívida esses ligados à sustentabilidade e batizados de Sustainability-Linked Bonds (SLB). Segundo o grupo, esse lançamento de "green bonds" no valor de US$ 3,2 bilhões, é "enganoso e fraudulento".

De acordo com o site Compliance Week, que teve acesso ao teor da denúncia, o lançamento desses "green bonds" estão amarrados ao compromisso da companhia em reduzir suas emissões de gás até zerar a taxa, chegando ao "net zero", por volta de 2040.

Em fevereiro de 2022, o site O Eco publicou a divulgação internacional de um relatório sobre a responsabilidade climática das maiores multinacionais do globo provocou agitação no mundo corporativo.

Coordenado pelo New Climate Institute e Carbon Market Watch, o documento revelou que os compromissos de atingir o chamado "net zero" em emissões de carbono das 25 maiores empresas globais, incluindo as brasileiras Vale e JBS, falhavam na transparência e integridade.

No relatório do ano passado, a JBS foi classificada como tendo metas com "muito baixa integridade". Segundo o documento, a promessa de neutralidade em 2040 deixa de fora 97% das emissões na cadeia da empresa, incluindo aquelas associadas ao desmatamento por parte de suas fazendas fornecedoras, afirmou na ocasião o estudo.

Tanto JBS como Vale rebateram na época o relatório, ao serem questionadas pelo site O Eco.