Godard foi um dos fundadores da Nouvelle Vague, um dos movimentos mais importantes do cinema mundial, criado na França no fim dos anos 1950 por diretores, produtores, críticos e jornalistas reunidos em torno da revista Cahiers du Cinema. O movimento levou o cinema francês a novos paradigmas de estética e influenciou produções cinematográficas do mundo inteiro, inclusive o Cinema Novo brasileiro nos anos de 1960 com Glauber Rocha, Luis Sérgio Person, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor e Joaquim Pedro de Andrade, entre outros.

O autor de "Acossado" realizou mais de 40 longa-metragens ao longo de 70 anos de carreira, além de curta-metragens, documentários, ensaios cinematográficos e vídeos de música. Entre suas obras de maior destaque está justamente "Acossado" (1960), que reuniu em um clássico do novo movimento o ator francês Jean Paul Belmondo e a atriz norte-americana Jean Seberg. Também dirigiu "O Desprezo" (1963), "Viver a Vida" (1962), "Alphaville" (1965), "A Chinesa" (1967), "Week-End à Francesa" (1967), "Carmen" (1983), e "Je Vous Salous Marie" (1985), que foi censurado na época de seu lançamento no Brasil pela ditadura militar. Mais recentemente, dirigiu "Adeus à Linguagem" (2014).

Ao lado de amigos como os cineastas fundadores da Nouvelle Vague (François Truffaut, Claude Chabrol, Alain Resnais, Agnès Varda, Jacques Rivette, Eric Rohmer e Roger Vadin), Jean Luc Godard também participou de alguns filmes como ator. Desde o clássico "Os Incompreendidos" (1959), de Trufaut, até o recente "O Fórmidável" (2017), dirigido por Michel Hazanavicius.