Com vocação para as artes plásticas, o Instituto tem como ponto de referencia a coleção de arte contemporânea de Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, em caráter permanente, e se propõe a trazer exposições temporárias através de parcerias com as mais importantes instituições culturais do país.

O Instituto Figueiredo Ferraz em Ribeirão Preto é um projeto grandioso de João Carlos de Figueiredo Ferraz, filho do ex-prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz.
Ele me contou durante uma visita que fiz ao Instituto, há alguns anos, que "não aguentava mais ver as obras encaixotadas; elas precisavam ser expostas. Então é um prazer imenso que estejam à mostra aqui".



Há anos João Carlos já idealizava fazer um Instituto, depois de muito procurar parcerias sem sucesso, resolveu fazer o projeto sozinho. "A coleção merecia e eu precisava torná-la pública. Isso que está aqui faz parte do patrimônio do país", salienta ele, que adquiriu um terreno de 2 mil metros quadrados e, com a esposa, a arquiteta Dulce de Figueiredo Ferraz, desenhou as instalações de um prédio onde os visitantes transitem com muita luz, calma e uma ótima visibilidade.



João Carlos começou a colecionar obras de arte há mais de trinta anos. Desde 1985, era um assíduo frequentador da galeria de Luísa Strina. Uma de suas primeiras aquisições foi um óleo sobre tela de Jorge Guinle Filho: Threshold. Até então nem imaginava tornar-se um colecionador de arte, mas foi exatamente o que aconteceu a partir daí e essa paixão por colecionar o levou a criar o Instituto Figueiredo Ferraz. "O Jorginho começava a aparecer naquela época e participava ainda de salões de arte quando a Luísa me apresentou o trabalho dele. Foi uma das primeiras peças que tive e, depois, viria a comprar outras obras dele", nos contou João Carlos.


A Coleção Figueiredo Ferraz, que se estabeleceu de forma orgânica e engajada, conta com obras de Adriana Varejão, Edgard de Souza, Rosangela Rennó, Iran do Espírito Santo, Waltércio Caldas, Tunga, Laura Vinci, entre tantos outros importantes artistas brasileiros. As mais de 1.000 obras são apresentadas através de recortes em exposições temporárias no Instituto.



O projeto do prédio é incrível, espaços grandes que se comunicam para assegurar uma excelente visão do todo. Em uma área construída de 2,5 mil metros quadrados, o Instituto conta com quatro salas para exposição, sendo duas no primeiro piso e duas no segundo, uma área para reserva técnica, um auditório para 60 pessoas, além de escritório, biblioteca, jardim e um bar que funciona apenas nos dias de eventos especiais.




O objetivo do Instituto Figueiredo Ferraz é difundir a arte e cultura em Ribeirão Preto expondo permanentemente a coleção do casal. Também se propõe a trazer exposições temporárias de diferentes artistas e oferecer cursos e palestras com artistas de renome, workshops de artes visuais, fotografia, literatura, história da arte, arquitetura e design.




O Colecionador de Sonhos, exposição de abertura do Instituto, expõe 154 obras do acervo de João Figueiredo Ferraz. Focada em arte contemporânea, teve como curador Agnaldo Farias responsável pela escolha das obras e disposição das mesmas nas salas do museu.


O curador Cauê Alves foi o responsável pela segunda exposição do Instituto, "Amilcar", desenhos e esculturas, de Amilcar de Castro.


A exposição "Amílcar" é composta por desenhos e esculturas, um panorama sobre a criação de Amílcar de Castro, que contou com 152 obras do artista.

A mostra é resultado de uma parceria do Instituto Figueiredo Ferraz com o Instituto Amílcar de Castro, e procura mostrar uma visão particular da obra do concretista, que detém extensa produção nos pouco mais de 80 anos de vida. Estiveram expostos alguns "desenhos", como os chamava o artista, que são as telas que serviam de estudo e base para as criações tão características de Amílcar.



O livro "Instituto Figueiredo Ferraz" é baseado no acervo da instituição, com textos do secretário de cultura do Estado de São Paulo, Marcelo de Araújo; da historiadora e crítica de arte Aracy Amaral sobre colecionismo no Brasil; e do fundador do Instituto, João Carlos de Figueiredo Ferraz. O trabalho aborda a coleção de mais de 1.000 obras, parcerias com galeristas e artistas e de como a arte contemporânea passou a fazer parte de sua vida a partir dos anos 1980, quando iniciou sua coleção adquirindo o primeiro quadro na galeria Luiza Strina.





Ribeirão Preto é hoje em dia um importante polo econômico, científico e cultural no Estado de São Paulo. A região é uma das mais ricas do estado de São Paulo, com elevado padrão de vida, renda, consumo e longevidade. Antigamente a cidade era lembrada por locais como o tradicional chopp Pinguim, os parques Curupira, Raia, Maurílio Biagi, Cauim e pelo Museu do Café. Há muitos anos destaca-se pela presença da Universidade de São Paulo, importantes indústrias e usinas de açúcar, sendo uma das maiores produtoras mundiais de açúcar e álcool.

O Instituto Figueiredo Ferraz e o Museu de Arte de Ribeirão Preto vieram selar a importância da cidade de Ribeirão Preto como polo cultural no país.



ATENDIMENTO
Terça a Sábado, das 14h às 18h
Entrada Gratuita
Acessível para deficientes físicos

INFORMAÇÕES
+55 16 3623 2261 | 3623 2262
contato@iff.art.br

LOCALIZAÇÃO
Rua Maestro Ignácio Stábile, 200 | Alto da Boa Vista
14025-640 | Ribeirão Preto | SP | Brasil


Para finalizar, um pensamento que exprime o projeto de João Carlos:

"Transformar ideias em projetos e estes em ações é para pessoas empreendedoras. Se não o fizer, alguém o fará e você passará a ser um mero espectador do sucesso. "

Roberto Rabello


Boa viagem!