Prorrogação de concessão da MRS viabiliza Trem Intercidades SP-Campinas

Prorrogação de concessão da MRS viabiliza Trem Intercidades SP-Campinas

A prorrogação da concessão da Malha Sudeste de trilhos de carga com a MRS foi assinada na última sexta-feira, dia 29, pela concessionária, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Além de fazer parte da política do Ministério da Infraestrutura, a renovação das concessões, que vem ocorrendo desde 2020 com outras ferrovias, atende a uma condição obrigatória que permitirá tirar do papel o Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas (TIC Eixo Norte), conforme noticiou o site especializado MetroCPTM.

A MRS Logística opera a Malha Sudeste de trilhos federais desde 1996, e o prazo da concessão venceria em 2026. Com a renovação antecipada, a empresa ficará à frente do trecho por mais 30 anos (até 2056). São 1.643 km de extensão, percorrendo os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com extensões aos portos de Santos, Itaguaí, Sudeste, Guaíba e Rio de Janeiro.




A operadora conta com mais de 800 locomotivas, 18.000 vagões e corresponde e cerca de 16% da frota ferroviária nacional. Algo como 30% de toda a carga ferroviária do país passa pela malha da MRS.

Como compensação pela renovação, a concessionária investirá R$ 9,7 bilhões na recuperação e ampliação da malha além de R$ 21 bilhões em manutenção da capacidade de transporte durante a vigência do contrato.

A empresa também investirá R$ 1 bilhão na melhoria da mobilidade urbana em 51 munícipios. Parte desses recursos envolverão a segregação dos trilhos entre Jundiaí e São Paulo e também em trechos das vias até Paranapiacaba - hoje um dos principais polos de turismo ferroviário de São Paulo e do País.

Com essa segregação de trilhos na primeira parte do futuro percurso, o Trem Intercidades poderá finalmente sair do papel, como revelou o site MetroCPTM, com exclusividade. Segundo esse veículo, a gestão do governador Rodrigo Garcia deverá licitar não só o TIC como também o Trem Intermetropolitano e a Linha 7-Rubi, no mês de novembro.

Desde 2020, outras concessionárias, como a Malha Sul (administrada pela Rumo) e Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas da Vale, já assinaram a prorrogação de suas concessões. Ainda está pendente a renovação do contrato da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que possui perto de 7.220 km de extensão e interliga os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Goiás, além do Distrito Federal.